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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

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CONTRA MP-595 PORTUÁRIOS VIRAM A NOITE EM NAVIO CHINÊS NO PORTO DE SANTOS


 O último lanche foi servido aos portuários às 15 horas; sindicalista diz que categoria sente fome e sede


Os trabalhadores portuários avulsos do Porto de Santos viraram a noite a bordo do navio chinês Zhen Hua 10, atracado no Terminal Embraport, na Ilha Barnabé. A medida foi tomada porque a empresa não requisitou profissionais do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) do Porto de Santos, e utiliza funcionários chineses no descarregamento das peças. A ação faz parte dos protestos dos portuários contra a Medida Provisória 595, a MP dos Portos.

Durante a segunda-feira, representantes da empresa e dos trabalhadores avulsos tentaram chegar a um acordo. No entanto, apesar de duas reuniões e horas de conversa, nada mudou. O fornecimento de água e comida foi interrompido, mas mesmo assim eles não abandonaram a embarcação.

A invasão começou às 3h20 desta segunda-feira. Durante a madrugada, cerca de 50 trabalhadores chegaram de barco ao cais da Embraport, invadiram o navio e não permitiram a continuidade do trabalho.

A embarcação chegou na sexta-feira carregando três portêineres, que são equipamentos usados na remoção de cargas dos navios, e 11 transtêineres, que servem para movimentar a carga já desembarcada. A previsão é a de que os trabalhos de remoção dos equipamentos durem, aproximadamente, 22 dias.

Sem água e sem comida

Os portuários, que ocuparam o navio chinês, estão desde as 15 horas de segunda-feira sem água e sem comida, segundo informações do vice-presidente do Sindicato dos Operários Portuários (Sintraport), Claudiomiro Machado, o Miro.

”Eles não sabem de quem partiu a ordem para deixá-los sem abastecimento, mas informam, às 21h30, que uma lancha da Capitania dos Portos, ancorada a 40 metros do navio, impede que recebam visitas”, disse.

Ainda conforme o sindicalista, os trabalhadores estão com muita sede e fome. “Só Deus, para nos ajudar. Com esse calor, não é fácil aguentar a situação. Nem a tripulação (chinesa) nos abastece. Isso não se faz nem em guerra”.

Cerca de 50 trabalhadores portuários avulsos invadiram a embarcação chinesa na madrugada desta segunda


Pressão

O presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT), o Paulinho, afirmou que inicialmente a ocupação do navio não fazia parte das mobilizações, mas tornou-se um ato de protesto quando os portuários perceberam que chineses estavam trabalhando para descarregar os equipamentos da empresa.

"Eles vieram trazer os equipamentos e já trouxeram também a mão de obra, mas os chineses não têm autorização para trabalhar no Brasil. É uma indicativa da Embraport de não contratar trabalhadores do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo).

Um primeiro passo para deixar os trabalhadores de fora", afirmou Paulinho. De acordo com o deputado, os sindicatos já pediram ao Ministério do Trabalho a verificação dos vistos dos chineses.

Como forma de pressão para liberarem o navio ocupado, os sindicatos pedem uma negociação com a Embraport para estabelecer um compromisso de contratação da mão de obra avulsa quando o terminal começar a operar.

De acordo com a MP 595, terminais privados como a Embraport não precisam utilizar trabalhadores vinculados ao Ogmo nas operações. Este é um dos pontos de discórdia entre o Governo e trabalhadores.

“A Embraport não nos deu outra alternativa. Invadimos o terminal em busca dos nossos direitos porque, além do desrespeito, ainda colocaram os chineses para trabalhar no nosso lugar. Nós não vamos sair de lá enquanto não tivermos uma garantia. A empresa está se valendo da MP 595”, disse o presidente do Sindicato dos Estivadores, Rodnei Oliveira da Silva.

Por meio de nota, a Embraport informou que está reunida com as entidades representantes dos trabalhadores para negociação e que "mantém diálogo constante e cumpre rigorosamente a legislação vigente". A empresa solicitou a liberação do navio na manhã desta segunda e aguarda a saída dos sindicalistas para continuar com o desembarque dos equipamentos que serão usados no terminal de Santos.

 Fonte: Jornal A Tribuna



Um comentário:

  1. Nem prisioneiros de guerra ficam sem água e comida,vergonhoso o tratamento dado aos trabalhadores !!!!!!

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