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terça-feira, 12 de agosto de 2025

GUARDA PORTUÁRIA RECEBE TREINAMENTO DA POLÍCIA FEDERAL NA BAHIA


A cooperação foi iniciada com a assinatura de um acordo que prevê treinamentos teóricos e práticos

Na quarta-feira (06), agentes da Guarda Portuária (GPort) da Companhia Docas da Bahia (Codeba), Autoridade Portuária dos portos de Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus iniciaram um treinamento de capacitação para abordagens na Baía de Todos-os-Santos.

A ação é uma iniciativa da Autoridade Portuária da Bahia – Codeba, em parceria com a Superintendência Regional da Polícia Federal (PF). A cooperação começou com a assinatura de um acordo que prevê treinamentos teóricos e práticos.

O curso tem como objetivo preparar as equipes para atuar de forma mais integrada e eficiente na prevenção e combate a ilícitos na área portuária, além de promover maior articulação entre órgãos públicos.

O diretor-presidente da Codeba, Antonio Gobbo, destacou a importância da parceria com a PF para consolidar a política de segurança portuária:

“A proposta é ampliar a capacidade técnica dos agentes da Guarda Portuária para atuação em situações complexas, na Baía de Todos-os-Santos e em alto mar, reforçando e ampliando a proteção nesta área estratégica para a economia do Estado e do país.”

A expectativa é que a formação reduza vulnerabilidades operacionais, aumente a integração com outros órgãos e estabeleça protocolos mais eficazes de resposta a emergências.

Seleção dos agentes

Os participantes foram escolhidos com base em critérios técnicos, como:

  • experiência operacional;
  • histórico disciplinar;
  • perfil para segurança ostensiva;
  • capacidade de multiplicar conhecimento junto às equipes.

Capacitação

A formação inclui fundamentos legais e éticos, com aulas teóricas e atividades práticas abordando:

  • prevenção de crimes;
  • abordagens operacionais;
  • manuseio de equipamentos;
  • navegação noturna;
  • controle de acesso;
  • patrulhamento em áreas sensíveis;
  • simulações de ocorrências reais;
  • uso progressivo da força.

O uso progressivo da força segue diretrizes que priorizam a resolução pacífica das situações, escalando medidas apenas quando estritamente necessário.

Modernização da estrutura

O acordo também prevê a modernização da infraestrutura de segurança, com aquisição de drones para monitoramento aéreo, câmeras inteligentes integradas à Sala de Controle Operacional, embarcações específicas para patrulhas e equipamentos de comunicação segura. Essas ferramentas ampliam a capacidade de resposta e o controle das operações, alinhando-se às diretrizes do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP).

O chefe da Guarda, Esdras Nunes, ressaltou que essa parceria é um marco:

“Esse treinamento vai nos permitir intensificar o policiamento em toda a área portuária, tanto em terra quanto no mar, com profissionais ainda mais preparados.”

Nunes explicou que a capacitação não se limita a técnicas operacionais, mas busca alinhar procedimentos entre instituições, fortalecer a vigilância e aprimorar respostas a ocorrências. Segundo ele, o treinamento será estendido aos Portos de Aratu e Ilhéus nas próximas etapas, com conteúdos adaptados às especificidades de cada operação.

Para o chefe de área, Anderson Silva, os benefícios da parceria vão além da capacitação técnica. Ele enfatizou que a integração com a Polícia Federal e outros órgãos, como a Marinha e a Receita Federal, fortalece o combate a crimes organizados que exploram a complexidade logística portuária:

“Esse trabalho conjunto é fundamental para aprimorar procedimentos e aumentar a segurança no nosso ambiente portuário.”

Efetivo

A GPort conta com cerca de cem agentes que atuam na prevenção e combate a crimes, controle de acesso e fiscalização de atividades nos portos.

Polícia Federal

O delegado da PF e responsável pelo Núcleo Especial de Polícia Marítima (Nepom) de Salvador, Márcio Cunha, explicou que esta é a primeira etapa da parceria:

“Estamos iniciando com noções básicas e disciplinas fundamentais, como manobras de embarcações, para fortalecer essa integração.”

Segundo ele, a meta é criar um padrão de atuação que permita respostas rápidas e seguras em situações complexas no mar e em terra, ampliando a capacidade de enfrentamento a crimes como tráfico de drogas, contrabando e outras práticas ilícitas.

Ampliação para outros portos do país

Com a expansão do projeto, a expectativa das entidades é que o modelo de integração entre forças sirva de referência para outros portos brasileiros. Além de reduzir riscos, a iniciativa reforça a imagem da Bahia como um hub logístico seguro, capaz de atrair novos investimentos e impulsionar o comércio exterior.


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