A cooperação foi iniciada com a assinatura de um acordo
que prevê treinamentos teóricos e práticos
Na quarta-feira
(06), agentes da Guarda Portuária (GPort) da Companhia Docas da Bahia (Codeba),
Autoridade Portuária dos portos de Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus iniciaram
um treinamento de capacitação para abordagens na Baía de Todos-os-Santos.
A ação é uma
iniciativa da Autoridade Portuária da Bahia – Codeba, em parceria com a
Superintendência Regional da Polícia Federal (PF). A cooperação começou com a
assinatura de um acordo que prevê treinamentos teóricos e práticos.
O curso tem como
objetivo preparar as equipes para atuar de forma mais integrada e eficiente na
prevenção e combate a ilícitos na área portuária, além de promover maior
articulação entre órgãos públicos.
O diretor-presidente
da Codeba, Antonio Gobbo, destacou a importância da parceria com a PF para
consolidar a política de segurança portuária:
“A proposta é
ampliar a capacidade técnica dos agentes da Guarda Portuária para atuação em
situações complexas, na Baía de Todos-os-Santos e em alto mar, reforçando e
ampliando a proteção nesta área estratégica para a economia do Estado e do
país.”
A expectativa é que
a formação reduza vulnerabilidades operacionais, aumente a integração com
outros órgãos e estabeleça protocolos mais eficazes de resposta a emergências.
Seleção dos agentes
Os participantes
foram escolhidos com base em critérios técnicos, como:
- experiência operacional;
- histórico disciplinar;
- perfil para segurança ostensiva;
- capacidade de multiplicar conhecimento junto às equipes.
Capacitação
A formação inclui
fundamentos legais e éticos, com aulas teóricas e atividades práticas
abordando:
- prevenção de crimes;
- abordagens operacionais;
- manuseio de equipamentos;
- navegação noturna;
- controle de acesso;
- patrulhamento em áreas sensíveis;
- simulações de ocorrências reais;
- uso progressivo da força.
O uso progressivo da
força segue diretrizes que priorizam a resolução pacífica das situações,
escalando medidas apenas quando estritamente necessário.
Modernização da estrutura
O acordo também
prevê a modernização da infraestrutura de segurança, com aquisição de drones
para monitoramento aéreo, câmeras inteligentes integradas à Sala de Controle
Operacional, embarcações específicas para patrulhas e equipamentos de
comunicação segura. Essas ferramentas ampliam a capacidade de resposta e o
controle das operações, alinhando-se às diretrizes do Sistema Único de
Segurança Pública (SUSP).
O chefe da Guarda, Esdras Nunes, ressaltou que essa parceria é um marco:
“Esse treinamento vai nos permitir intensificar o policiamento em toda a área portuária, tanto em terra quanto no mar, com profissionais ainda mais preparados.”
Nunes explicou que a
capacitação não se limita a técnicas operacionais, mas busca alinhar
procedimentos entre instituições, fortalecer a vigilância e aprimorar respostas
a ocorrências. Segundo ele, o treinamento será estendido aos Portos de Aratu e
Ilhéus nas próximas etapas, com conteúdos adaptados às especificidades de cada
operação.
Para o chefe de área, Anderson Silva, os benefícios da parceria vão além da capacitação técnica. Ele enfatizou que a integração com a Polícia Federal e outros órgãos, como a Marinha e a Receita Federal, fortalece o combate a crimes organizados que exploram a complexidade logística portuária:
“Esse trabalho conjunto é fundamental para aprimorar procedimentos e aumentar a segurança no nosso ambiente portuário.”
Efetivo
A GPort conta com
cerca de cem agentes que atuam na prevenção e combate a crimes, controle de
acesso e fiscalização de atividades nos portos.
Polícia Federal
O delegado da PF e
responsável pelo Núcleo Especial de Polícia Marítima (Nepom) de Salvador,
Márcio Cunha, explicou que esta é a primeira etapa da parceria:
“Estamos iniciando
com noções básicas e disciplinas fundamentais, como manobras de embarcações, para
fortalecer essa integração.”
Segundo ele, a meta
é criar um padrão de atuação que permita respostas rápidas e seguras em
situações complexas no mar e em terra, ampliando a capacidade de enfrentamento
a crimes como tráfico de drogas, contrabando e outras práticas ilícitas.
Ampliação para outros portos do país
Com a expansão do
projeto, a expectativa das entidades é que o modelo de integração entre forças
sirva de referência para outros portos brasileiros. Além de reduzir riscos, a
iniciativa reforça a imagem da Bahia como um hub logístico seguro, capaz de
atrair novos investimentos e impulsionar o comércio exterior.
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