O caso ocorreu na década de
1980, no Terminal de Fertilizantes (Tefer) localizado no Porto de Santos
O Porto de Santos
guarda muitas histórias, e os guardas portuários das antigas são especialistas
em contá-las. Entre as mais incrédulas está a do cavalo algemado, que teria
ocorrido nos anos 1980, no Terminal de Fertilizantes (Tefer), na Margem
Esquerda, em Vicente de Carvalho, Guarujá.
Num domingo, os
rádios da Guarda Portuária (GPort) transmitiram uma mensagem insólita: Um
cavalo havia sido detido.
De serviço na
guarita dos armazéns 2-4-6, o guarda portuário Salomão acionou a 4ª Subsede da
GPort para relatar que havia detido um cavalo que invadira o terminal.
Manecão, chefe da SUPOE
– Superintendência da GPort na Margem Esquerda –, perguntou onde estava o
animal, para que uma viatura fosse até o local e identificasse o proprietário,
a fim de devolvê-lo ao dono. A resposta surpreendeu a todos: Salomão afirmou
que havia algemado o cavalo a uma cerca. Na hora a gargalhada soou geral na
rede de rádio.
Em pouco tempo, o
caso se espalhou pela famosa “rádio-pião”, como os portuários chamam o boca a
boca que corre solto no cais, espalhando notícias mais rápido que qualquer
rádio oficial. A história logo atravessou os armazéns do porto e chegou até a
família de Salomão, levada pelo guarda portuário Bonifácio.
Até hoje, Salomão
nega ter algemado o animal. Garante que apenas se confundiu ao dizer “detido” em
vez de “retido”, e que os colegas, maliciosamente, distorceram sua fala,
criando a lenda que se espalhou pelo imaginário popular.
Na época, ninguém
falava em bullying, mas a história tomou uma proporção maior. Logo depois,
Manecão escalou Salomão para uma ronda especial: Capturar os cavalos que, volta
e meia, invadiam o Tefer ou bloqueavam as linhas férreas.
A missão, no
entanto, não durou. Em certa ocasião, ele foi chamado para retirar um equino
que impedia a passagem de um trem. O maquinista aguardava. Ao tentar afastar o
animal, Salomão levou um coice que o arremessou dentro de uma vala ao lado da
linha férrea. Machucado e impregnado por um cheiro insuportável, virou alvo de
novas piadas quando voltou à subsede.
Sem alternativa,
Salomão acabou assumindo o apelido de “Cavalo”. Com o tempo, transformou a
gozação em marca pessoal. Hoje ostenta a alcunha com orgulho e exibe um
pingente de cavalo pendurado no espelho retrovisor do carro.
Moral da História: Uma palavra errada pode lhe trazer consequências para o resto da vida
* Essa história é baseada em fatos reais. Os nomes dos envolvidos são
fictícios.
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"O nome dos envolvidos são fictícios." Eu realmente esperava essa frase salvadora no final do texto!!!
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