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quinta-feira, 13 de novembro de 2025

RECEITA FEDERAL APREENDE 133 TONELADAS DE PEDRAS SEMIPRECIOSAS NO PORTO DE SANTOS


Apreensões foram realizadas nos primeiros dias de novembro no cais santista. Exportadora poderá responder por contrabando e fraude

A Receita Federal do Brasil (RFB) apreendeu no início do mês, 133 toneladas de pedras semipreciosas no Porto de Santos, no litoral de São Paulo.

A carga, localizado em um terminal localizado no Guarujá, na Margem Esquerda do porto, estava distribuída em cinco contêineres, sendo quatro com quartzo citrino e um deles com ametista, avaliada em cerca de R$ 200 mil.

Segundo a RFB, a carga foi retida após análise que constatou divergências entre a documentação e o conteúdo das cargas. A empresa havia declarado a exportação de quartzo bruto com destino à Ásia, com valor total de apenas R$ 170 mil.

A vistoria física mostrou que a carga continha pedras semipreciosas, como geodos de ametista, além de diferentes tipos de quartzo, o que indica subfaturamento e possível tentativa de ocultar o real valor dos minerais.

“Normalmente nas operações desse grupo, as pedras são declaradas como quartzo, quartzo bruto industrial, mas quando a gente faz a verificação física da carga, a gente identifica que são tipos de quartzo em suas mais diversas formas, encontramos pedras semipreciosas como geodo de ametista”, explicou o auditor da Receita Federal, Rômulo Brandão.

Ilegalidade na origem do minério

A investigação também apontou indícios de ilegalidade na origem do minério. As empresas envolvidas não possuem autorização da Agência Nacional de Mineração (ANM) nem licenças ambientais para exploração ou lavra-garimpeira.

“São vários CNPJs e CPFs diferentes, porém, ao fazer o estudo dessas empresas que fornecem as notas fiscais, a Receita Federal identificou que essas empresas não têm autorização da ANM e nem licenças operacionais emitidas pela Secretaria de Meio Ambiente local, sendo o minério em tese de origem ilícita”, afirmou Brandão.

Multa

A Autoridade Aduaneira informou que a empresa exportadora será multada e representada ao Ministério Público Federal (MPF). Ela também pode perder definitivamente a mercadoria e ter o CNPJ declarado inapto.

Outra apreensão no Porto de Salvador

A mesma empresa já havia sido alvo de outra apreensão semelhante no início do mês, no Porto de Salvador. As cargas retidas são avaliadas e passam por perícia para determinar sua procedência e valor real.

“Em um contexto nacional e geopolítico internacional, vemos que é importante para a defesa do Estado a atuação da Receita nas fronteiras para proibir a exportação dessa riqueza natural do nosso país”, completou o auditor.

Operação anterior no Porto de Santos

Esta apreensão de quartzo se soma outra realizada em outubro no Porto de Santos, quando foram apreendidas 670 toneladas deste minério. A carga estava distribuída em 25 contêineres com cristais brutos, quartzo rosa e fumê.

Na ocasião foi constatado subfaturamento: o valor declarado, de R$ 1,45 por quilo, estava abaixo do preço de mercado. A operação evitou, segundo a RFB, um prejuízo bilionário ao país.

Crimes

Entre os crimes investigados estão contrabando, fornecimento de informações falsas, tentativa de exportação de minério em condição ilícita e interposição fraudulenta, quando terceiros são usados para ocultar o verdadeiro responsável pela operação.

De acordo com o órgão, esta apreensão se diferencia das anteriores por incluir pedras semipreciosas e mercadorias não declaradas, como o citrino, uma variedade de quartzo amarelado bastante usada em joalheria e gemoterapia.

A RFB destacou ainda que ações como essa visam enfraquecer o garimpo ilegal e reduzir o lucro de organizações criminosas que se beneficiam da exploração mineral sem autorização e da degradação ambiental.


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