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terça-feira, 1 de julho de 2025

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AUTORIDADES BELGAS APREENDERAM COCAÍNA EM NAVIO-TANQUE PROCEDENTE DO BRASIL

Navio Scot Bremen em 2024 - Foto: Marine Traffic.com/Ingo Seidlitz

O capitão da embarcação descobriu que cinco tripulantes estavam escondendo pacotes suspeitos. O navio havia deixado o Porto de Pecém

Os oficiais da alfândega belga abordaram o petroleiro turco Scot Bremen logo após sua chegada, na segunda-feira, 23 de junho, em Zeebrugge, na costa de Ostende, Bélgica.

O navio havia deixado o Porto de Pecém, no Brasil e chegado sexta-feira, 20 de junho. Permaneceu ancorado ao largo de Ostende por três dias antes de finalmente partir para Zeebrugge, onde ficou retido após a descoberta dos entorpecentes a bordo. O petroleiro de bandeira maltesa Scot Bremen, é operado pela Scot Tankers.

A descoberta da droga

No domingo, 22 de junho, enquanto estava ancorado e aguardava o prático, o capitão da embarcação descobriu que cinco tripulantes estavam escondendo pacotes suspeitos.

Ele cancelou imediatamente o embarque do prático, isolou os indivíduos em suas cabines, confiscou seus celulares e notificou a polícia e as autoridades alfandegárias belgas.

Devido às más condições climáticas, as autoridades não conseguiram abordar o navio. Ele permaneceu fundeado até a noite de segunda-feira, 23 de junho, quando partiu para Zeebrugge.

No porto, os agentes da alfândega realizaram uma inspeção detalhada e encontraram o que descreveram como "quantidades significativas" de cocaína a bordo. Embora a quantidade exata e a localização da droga não tenham sido reveladas, relatos da mídia belga e internacional descreveram a descoberta de centenas de quilos. Alguns citaram cerca de 600 quilos.

Capitão foi elogiado

Segundo o representante do armador do navio, após serem ouvidos como testemunhas, tanto o Capitão quanto o armador foram inocentados de qualquer envolvimento. As autoridades belgas, incluindo o Ministério Público, teriam elogiado o Capitão por sua conduta ao relatar o caso, preservar provas e auxiliar na investigação. Os cinco tripulantes foram detidos pela polícia belga. A Scot Tankers providenciou uma tripulação substituta.

A Scot Gemi Isletmeciligi AS, empresa controladora que opera com o Scot Tankers, está em atividade desde 2015 e atualmente opera uma frota de 12 navios-tanque químicos, especializada no transporte de cargas químicas, petrolíferas e comestíveis.

A empresa enfatizou sua "rigorosa política de tolerância zero em relação a crimes relacionados a drogas" e expressou orgulho do Comandante e dos oficiais superiores que demonstraram os mais altos padrões de profissionalismo sob pressão.

O Scot Bremen é um petroleiro de produtos químicos e petrolíferos de 8.200 dwt, construído em 2003. Anteriormente conhecido como Wappen von Bremen, foi adquirido em 2015 por um gestor de navios turco como parte de uma série de embarcações especialmente construídas.

O navio normalmente opera entre a América do Norte, o norte da Europa e o Mediterrâneo, mas registros mostram que ele fez duas visitas ao Porto de Pecém, no Brasil, este ano, uma em abril e outra no início de junho.

Outras prisões

No domingo, 22 de junho, quando o capitão descobriu os tripulantes escondendo a droga no navio, oito indivíduos foram presos na cidade de Blankenberge.

Eles foram presos em uma marina na noite de domingo. As autoridades os viram tentando lançar um barco inflável de casco rígido da marina, que fica a aproximadamente 15 milhas náuticas de onde o petroleiro havia ancorado antes de seguir para Zeebrugge, supostamente para recuperar os entorpecentes.

Ministério Público

O Ministério Público de Flandres Ocidental confirmou as prisões em Blankenberge e a cocaína encontrada a bordo do navio, mas afirmou que era cedo demais para afirmar se os dois incidentes estavam diretamente relacionados. Os oito suspeitos são investigados por suspeita de formação de quadrilha criminosa.

Novas Rotas

Pecém, um porto brasileiro menor, está se tornando alvo de traficantes de drogas, especialmente com a repressão do tráfico em grandes portos como Santos, Rio de Janeiro e Paranaguá.

A Receita Federal do Brasil (RFB) alertou que as organizações criminosas (ORCRIM) estão cada vez mais utilizando portos regionais menores para evitar serem flagradas.

Embora a utilização de navios para o tráfico internacional de drogas seja comum, a maioria dos casos envolve porta-contêineres ou graneleiros, encontrar drogas em navios-tanque ainda é incomum.

O último caso relacionado a navios-tanque data de 2020, quando a polícia guatemalteca encontrou cocaína escondida dentro de um dispositivo cilíndrico de metal "parasita" preso ao casco do MTM Potomac, um navio que chegava da Colômbia.


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