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quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

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CASOS DO CAIS: QUE TIRO FOI ESSE?


O Posto Fiscal 6, localizado junto ao Armazém 15, permanece de pé até hoje. Este armazém fica sobre o canal por onde passam as catraias

Jojo Todynho talvez nem imagine, mas muito antes de transformar o Brasil com o seu hit “Que Tiro Foi Esse?”, alguém já havia gritado essa mesma frase — e com muito mais sinceridade — no Posto Fiscal 6 do Porto de Santos.

O Posto Fiscal 6, localizado junto ao Armazém 15, permanece de pé até hoje. Este armazém fica sobre o canal por onde passam as catraias que fazem a travessia entre Santos e o Distrito de Vicente de Carvalho, no Guarujá. Antigamente, quando a administração era da Companhia Docas de Santos – CDS, ali ocorria o desembarque dos passageiros dos navios de cruzeiro. Na frente, existia um armazém que funcionava como terminal e também a tradicional Casa do Café do Porto de Santos.

Por volta do final dos anos 70, no turno das 18h às 24h, cumpriam ali sua jornada os guardas portuários Beto “Cachaça” e Regis “Risadinha” — tempos em que praticamente todo GP carregava um apelido tão inseparável quanto o cinto do uniforme.

Certa noite, Regis resolveu conferir sua arma pessoal, um revólver calibre .22 — sim, ele havia emprestado a arma para alguém (e até hoje ninguém entende isso). Ao pegá-la de volta, percebeu que estava engatilhada. Começou a mexer daqui, testar dali… quando PÁ!

O estampido ecoou no posto como se o Armazém 15 tivesse ido pelos ares.

Beto, que estava tranquilamente no banheiro, quase caiu do vaso. Assustado, gritou:

— QUE TIRO FOI ESSE?!

Achou que o disparo tinha sido nele.

Na verdade, a bala havia atravessado a mão esquerda de Regis e se alojado na parede do corredor. Por sorte, não atingiu nenhum osso — apenas a autoestima.

Uma viatura o conduziu a Santa Casa de Santos, onde teve que levar uns pontos, além é claro do registro policial por acidente com arma de fogo. Por sorte, o tiro não atingiu nenhuma parte óssea.

Uma viatura o levou direto para a Santa Casa de Santos, onde ganhou alguns pontos na mão e um boletim de ocorrência por “acidente com arma de fogo”. O Rondante da área, Pascoalino, jura até hoje que não comunicou o ocorrido. Mas, convenhamos: um tiro dentro do Posto Fiscal 6 não dava exatamente para esconder da chefia. Resultado? Dois dias de suspensão.

E, até hoje, em qualquer confraternização dos veteranos da Guarda Portuária, lá está Regis “Risadinha”, mostrando a cicatriz e contando essa história — e fazendo jus ao apelido, sempre rindo, claro, porque se não risse, chorava.

Moral da história: Nunca empreste a sua arma, nem para um amigo, que a vítima poderá ser você.


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