Durante a sua história, a
Guarda Portuária teve em todos os portos, vários integrantes que demonstraram
serem grandes guerreiros em defesa da categoria.
Tenho grandes recordações do
Costa, o “Morreba”, do Porto do Rio de Janeiro e do Colares, do Porto do Recife,
que juntamente comigo, defendiam a implantação da Polícia Portuária Federal,
projeto do então Senador Nelson Carneiro - RJ.
Em Santos, como aos guardas portuários não podiam se sindicalizar, direito que só foi alcançado na Constituição de 1988, Everandy Cirino do Santos, atual presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Portuária - Sindaport, fazia política através da Associação Beneficente da Guarda Portuária, hoje extinta.
Em Santos, como aos guardas portuários não podiam se sindicalizar, direito que só foi alcançado na Constituição de 1988, Everandy Cirino do Santos, atual presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Portuária - Sindaport, fazia política através da Associação Beneficente da Guarda Portuária, hoje extinta.
Se a Guarda Portuária ainda
está presente no cenário da Segurança Pública Portuária, se deve ao
profissionalismo dos seus integrantes e àqueles que fazem brava defesa em prol
da continuidade desta corporação, razão que presto aqui uma pequena homenagem a
quatro guerreiros que se destacaram nos últimos anos.
Talvez alguns possam não
concordar comigo, mesmo porque ninguém é unanimidade, no entanto, todos
concordarão em um ponto: Eles amam e lutam pela Guarda Portuária.
Com certeza temos outros
bravos guerreiros nos portos citados e muito mais em outros a quem vamos
homenageá-los em outra oportunidade.
LUIZ
ROBERTO GOMES – Porto de Santos - SP
Gomez ou “Aranha”, como é
conhecido, esteve presente nas maiores lutas dos últimos anos. Teve
participação marcante no movimento “Guarda Portuária Sim, Terceirização Não”,
que impediu a terceirização da Guarda Portuária e obrigou a empresa a realizar
um concurso para admissão de novos guardas.
Foi fundador e presidente da
Associação Profissional da Guarda Portuária – APROGPORT e na frente da mesma,
foi um dos articuladores do movimento “O Trânsito é Nosso”, que impediu que a
fiscalização do trânsito exercida pela Guarda Portuária passasse para a Polícia
Militar, culminando, após um enterro simbólico, com a exoneração do então comandante
Cid Pereira Santos, e a posterior publicação de uma lei permitindo que as
Companhias Docas fizessem convênio e os guardas portuários pudessem efetuar
multas.
Em 2012, como diretor do
Sindicato dos Trabalhadores na Administração Portuária – SINDAPORT apoiou os
inspetores no movimento “O Dia do Jaleco”, combatendo a perseguição e o assédio
moral, resultando na troca de comando da Guarda e posteriormente na exoneração
do “todo poderoso” Celso Simonetti Trench Júnior.
Atualmente, licenciado do
sindicato, Gomez ocupa pela segunda vez o cargo de Gerente de Policiamento,
onde devolveu, depois de muitos anos, a autonomia aos inspetores II.
Gomes também teve atuação
primordial na inserção da função de guarda portuário no Código Brasileiro de
Ocupações – CBO. Ele também está sempre presente nas discussões políticas
referente aos assuntos da Guarda Portuária, na cidade ou em Brasília.
MARCO
JAMIL DE SOUZA – Porto do Rio de Janeiro - RJ
Foi Vice-presidente na
AGPERJ de 2007 a 2010. Em 2008 foi presidente interino por alguns meses quando
o então presidente da Associação, Jorge Dantas, concorreu à vereança do
município de Japeri/RJ.
Quando o Comandante Alfeu A.
Cardoso assumiu a Superintendência da Guarda Portuária, abriu mão de concorrer
em alguma chapa pra poder participar de sua gestão.
Ele mantém á vários anos o
respeitado Blog Policia Portuária Federal, que defende as causas da Guarda
Portuária, o que por si só já é uma vitória, tamanha a dificultado de se manter
um Blog.
Jamil está sempre presente
em Brasília, em defesa das causas da Guarda Portuária, tendo tido papel
importante em várias conquistas da categoria.
CILENO
BORGES – Porto de Belém - PA
Guarda Portuário concursado
da CDP desde 01 de agosto de 1997, nunca foi diretor, tampouco presidente do
Sindicato da categoria (Sindiguapor). Em 2008 concorreu como vice de uma chapa
do sindicato dos portuários (Sindiporto), porém a chapa não foi eleita.
No biênio 2010 / 2011, foi Conselheiro
Suplente do CAP, indicado pelo Sindiporto, como representante do Bloco dos
demais trabalhadores, mediante uma eleição com o concurso de outros nomes.
No CAP, teve papel mais
ativo que alguns dos conselheiros titulares, honrando o seu mandato
comparecendo em todas as reuniões, onde tinha direito a voz, mas não a voto.
Foi exonerado pelo ministro da SEP sem qualquer tipo de justificativa, mas com
certeza, foi por discordar das atitudes do então presidente do CAP.
Mesmo não tendo nenhum
mandato sindical, tampouco o apoio do Sindiguapor, não se
curva as perseguições e ao assédio moral que atualmente é imposto pelo
presidente da CDP Carlos José Ponciano da Silva e o gerente de segurança Gilson
André Ferreira da Silva, junto aos integrantes da Guarda Portuária.
LUCIO
RICARDO NATAL – Porto de Laguna - SC
Tem trinta e três anos de
Porto de Laguna. Desde1995 é dirigente sindical do Sintac no Porto de Laguna e
seu representante legal junto a CODESP. O Sintac abrange quatro Portos sendo
Itajaí, Navegantes, São Francisco e o Porto Pesqueiro de Laguna.
A sua vida profissional na
empresa de 1979 até 1995 foi excelente como guarda portuário, após entrar para
o sindicato sua vida virou um inferno. Perseguições, punições e até demissão em
2002, por não aceitar no Porto de Laguna as indicações politicas, pois são três
cargos de chefia que o porto tem e por lei 63% dos cargos de chefia deve ser
preenchido com funcionários de carreira, o que não acontece em Laguna, pois são
todos políticos.
Como sindicalista, sempre
denunciou as irregularidades. Após ser demitido, retornou sete meses mais tarde
por força de decisão da justiça do trabalho. Desta data em diante não esmoreceu,
foi denúncia em cima de denúncia contra a Companhia Docas do Estado de são
Paulo - CODESP, administradora do porto. Por fazer tantas denúncias contra "O Presidente e seus Homens", no mês de dezembro de 2012, ganhou como presente da
CODESP, uma suspensão de 30 dias. Não foram poucas as denúncias que fez, como a
compra irregular de amônia pelo Porto de Laguna, culminando em uma investigação
da Polícia Federal, que lacrou a fábrica por dias até que se regularizasse a questão.
Denunciou ainda para
ANTAQ a terceirização da Guarda Portuária, que tomou uma multa de R$200.000,00
mil reais por infração ao art. 13, LI, Res. 858-ANTAQ. O Porto de Laguna foi
multado pela ANTAQ no total de mais de um milhão de reais.
Por Carlos Carvalhal