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GUARDA PORTUÁRIA INTEGROU O COMITÊ DE SEGURANÇA DA REUNIÃO DA CÚPULA DE LÍDERES DO G20

O efetivo e a estrutura operacional da GPort foi colocada à disposição da segurança do evento. Nível de segurança do porto  foi alterado par...

LEGISLAÇÕES

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

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INVESTIGAÇÃO DETALHA ESQUEMA DO TRÁFICO INTERNACIONAL NO PORTO DE SANTOS


A investigação que identificou Orcrim que enviava droga para Ásia e Oceania durou quase um ano e resultou na Operação Taeguk

Na Operação Taeguk, realizada pela PF em parceria com a Polícia Militar (PM) no começo de novembro, houve prisão em Santos e Guarujá, junto ao cumprimento de mandados de busca e apreensão na Baixada Santista e nos estados do Maranhão, Rio de Janeiro e Pará.

Na investigação, que durou quase um ano, e resultou na operação, imagens e documentos desvendaram a forma como age uma quadrilha especializada no tráfico internacional de drogas nos portos brasileiros, principalmente no Porto de Santos.

SAIBA MAIS: POLÍCIA FEDERAL DESARTICULA ORCRIM RESPONSÁVEL PELO TRÁFICO INTERNACIONAL DE DROGAS

Segundo a PF, a descoberta de uma apreensão de 100 kg de cocaína em Busan, na Coreia do Sul, mostrou que o destino da cocaína está ultrapassando cada vez mais distâncias, pois as drogas são escondidas nos cascos dos navios, com rastreadores acoplados.

Apreensão de cocaína virou notícia na Coreia do Sul — Foto: TV Globo/Reprodução

A cocaína escondida em navios atracados no Brasil tem chegado à Ásia e na Oceania. De acordo com o delegado da PF em São Paulo, Dennis Cali, esse mercado é visado pelo alto valor pago.

“O entorpecente acaba sendo mais caro, temos algumas leis lá bem restritivas. Pelo custo mesmo operacional, como uma empresa do crime, eles acabam investindo onde o lucro é maior”, revela.

Rastreador

Segundo a PF, na carga de cocaína apreendida na Coreia do Sul foi encontrado um rastreador que é utilizado pelas organizações criminosas para monitorar a droga traficada.

Ratreador é utilizado por criminosos para monitorar a droga. — Foto: TV Globo/Reprodução

Por causa do aparelho, foi possível ver o percurso da droga e quem o ativou e chegou-se a um endereço próximo ao Porto de Santos.

A informação foi fundamental para monitorar os criminosos e interceptar as ligações telefônicas.

A PF fez pesquisas no equipamento e identificou a conta utilizada na ativação dele. O perfil estava em nome de uma mulher que mora em Guarujá. Um comparsa do irmão utilizava o perfil dela. A dupla é apontada como integrante de um núcleo criminoso atuante na Baixada Santista e também em outras regiões do país.

Além dela, a corporação chegou a outros perfis que constavam nos dados cadastrais dos aparelhos utilizados, para acesso à conta do rastreador.

PCC

O grupo teria um suposto envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Como a organização criminosa registrava a movimentação para atestar aos compradores estrangeiros o envio das drogas, foi possível juntar provas que evidenciam essa participação.

A PF teve acesso a conversas e prints de criminosos especialistas em tráfico internacional — Foto: Reprodução

Em áudios obtidos em interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, dois integrantes da organização criminosa conversavam explicitamente sobre andar com integrantes do PCC. Além de assuntos como navios, destinos e tráfico pelo modal marítimo.

Conversa interceptada pela Polícia Federal entre traficantes brasileiros. — Foto: TV Globo/Reprodução

“Tem que pegar pesado memo, tio, pra ele ver que o bagulho não é brincadeira, tio, ele tá fazendo é tráco internacional, mexendo com droga, metendo o louco? Ele não tá mexendo com os cavalo dele lá não, fala pra ele.

Bagulho é sério, o, bagulho tem que ser na risca, preto no branco, sem gracinha, 99 não é 100, entendeu? Tem que falar isso pra ele”, diz um dos alvos da investigação em um áudio.

Sea Chest

Os traficantes brasileiros se especializaram em esconder a droga na 'caixa mar' ('sea chest', em inglês), compartimento localizado no caso do navio, a cerca de 15 metros de profundida, que serve para resfriar o motor da embarcação.

Mergulhadores se especializaram no armazenamento de drogas nos cascos dos navios. — Foto: TV Globo/Reprodução

Imagens, capturas de tela e interceptações telefônicas mostram o 'modus operandi' da quadrilha.

A droga é inserida no sea chest (caixa-mar) - Foto: Reprodução

Em uma captura de tela, é possível ver a conversa entre dois criminosos no momento exato em que tentavam armazenar droga na 'caixa mar' ('sea chest', em inglês) de uma embarcação, mas ela estava soldada.

Conversa sobre atuação de mergulhador, que não conseguiu armazenar drogas em navio — Foto: Reprodução

Lancha

A investigação indicou também que a quadrilha utilizou uma lancha na madrugada de 23 de agosto de 2024 para contaminação de um navio atracado no Porto de Santos com destino à Polônia, porém com parada em Las Palmas, na Espanha. No casco, foram apreendidos 114,6 kg de cocaína. Eles saíram com a embarcação de Bertioga e entraram no canal do cais santista.

Novo Mercado

Em quase um ano, a PF apreendeu 670 kg de cocaína e conseguiu comprovar, pela primeira vez, que os mergulhadores do tráfico também usam os cascos dos navios para enviar droga para a China.

Em um dos áudios, um dos chefes da facção criminosa, segundo a PF, exige que a mercadoria chegue ao destino, em Hong Kong. O apelido dele é “Do Mar”, ainda não identificado pela polícia.

Homem identificado como Do Mar fala sobr entrega de cocaína em Hong Kong. — Foto: TV Globo/Reprodução

Na operação para prender os traficantes, seis suspeitos foram detidos. Quatro estão foragidos, incluindo Do Mar.

O Programa Fantástico, da TV Globo exibiu uma matéria sobre essa investigação. Clique aqui para ver.


A nossa missão é manter informado àqueles que nos acompanham, de todos os fatos, que de alguma forma, estejam relacionados com a Segurança Portuária em todo o seu contexto. A matéria veiculada apresenta cunho jornalístico e informativo, inexistindo qualquer crítica política ou juízo de valor.    

* Texto: O texto deste artigo relata acontecimentos, baseado em fatos obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis e dados observados ou verificados diretamente junto a colaboradores.

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segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

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CREA-SP REALIZA FISCALIZAÇÃO EM OBRAS NO PORTO DE SANTOS


Equipes do Crea-SP e da Autoridade Portuária de Santos -APS atuaram em conjunto

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (Crea-SP) realizou na semana passada ume fiscalização das operações desenvolvidas no Porto de Santos e nos terminais privados.

Uma força-tarefa, com o apoio da Autoridade Portuária de Santos (APS), formada por cinco duplas, entre agentes fiscais do Conselho e da APS, percorreram os locais para certificar que as atividades técnicas estavam sendo desempenhadas com acompanhamento de profissionais habilitados e registrados.

“Passaremos a semana fiscalizando todas as empresas prestadoras de serviços para verificar a existência de responsáveis técnicos. O significado de ter um profissional à frente disso é a segurança no atendimento de todas as demandas que existem aqui”, destacou o vice-presidente do Crea-SP, Eng. Luis Chorilli Neto, durante a abertura da ação integrada que ocorreu na segunda-feira (25/11), no Parque do Valongo, às margens do litoral.

O trabalho previa cerca de 250 diligências nas mais de 100 empresas listadas pela Autoridade Portuária, em um plano de fiscalização que inclui Engenharia Civil, passando por obras e manutenções de fundações, dragagem, edificações, infraestrutura e programas ambientais; Engenharia Mecânica, em gruas, guindastes, pontes rolantes, embarcações, estruturas metálicas, elevadores, extintores, compressores e outros equipamentos de vasos de pressão; Engenharia Elétrica, com iluminação de emergência e instalação, geração e distribuição de energia; Engenharia Química, devido aos planos e programas de qualidade de ar e de água e ao tratamento de efluente e de resíduos perigosos; e o cumprimento das normas técnicas regulamentadoras, com pedido de apresentação do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) e do Certificado de Licenciamento do Corpo de Bombeiros (CLCB).

“Todo o Porto é um grande exercício de Engenharia. Temos atividades mecânicas, químicas, ambientais. Temos grãos que são transportados, expurgados e avaliados. A manutenção de navios, da infraestrutura de drenagem e muito mais. Estamos aqui para garantir que esses serviços estão sendo executados por profissionais preparados para isso”, esclareceu o gerente da 7ª Região Administrativa do Conselho, Eng. Guilherme Del Nero Fiorellini.

Antes mesmo do trabalho de campo, os agentes fiscais, chefes, gerentes e inspetores do Crea-SP se debruçaram sobre o planejamento da operação. A iniciativa visa otimizar os esforços e obter uma melhor e maior cobertura dos objetos da ação. “A participação da Engenharia nesse complexo do Porto de Santos é essencial. Estamos tratando de uma das maiores operações de logística, que gera R$ 220 bilhões para o país e que movimenta, economicamente, mais de um terço de tudo que é produzido no Brasil”, mencionou o inspetor-chefe da autarquia em Santos, Prof. Dr. Eng. Aureo Emanuel Pasqualeto Figueiredo.

“São seis milhões de navios por ano, com cerca de 180 milhões de toneladas transportadas. Os inspetores, que são locais, têm muitas vivências, e é com o olhar em defesa da sociedade que apoiamos a fiscalização com competência e regularidade”, acrescentou Pasqualeto, que também é diretor da Universidade Santa Cecília (UniSanta) no município.

Além de toda a gestão, administração, controle e execução portuária, outros serviços foram contemplados na força-tarefa. “Nosso compromisso é com a segurança e proteção da sociedade. Atuamos em todo o estado de São Paulo e buscamos formas estratégicas de otimizar essa cobertura. Onde tem a área tecnológica, estamos com a estrutura de fiscalização”, pontuou a superintendente de Fiscalização Eng. Maria Edith dos Santos.

A operação passou pelas obras de construção civil, municipais e estaduais que ocorrem no entorno do Porto, a exemplo da construção de um boulevard entre o Parque do Valongo e centro histórico de Santos e do atracadouro de balsas. “Estamos há um mês atuando com o levantamento de pessoas físicas e jurídicas presentes na região e, agora, damos andamento na fiscalização para garantir que todos estão trabalhando de forma correta”, detalhou o Eng. Roberto Cozza, chefe de equipe da Unidade de Gestão de Inspetoria (UGI) Santos.

“Temos um Porto novo de 10 anos para cá, é um equipamento de logística vivo que está sempre se modernizando. É muito importante para nós, como Autoridade Portuária, que é essencialmente uma empresa de Engenharia, ter essa participação desde a concepção dos projetos até a fiscalização e entrega das obras”, concluiu o Eng. Ernesto Henriques da Costa Jr., gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da APS.


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quinta-feira, 28 de novembro de 2024

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GUARDA PORTUÁRIA INTEGROU O COMITÊ DE SEGURANÇA DA REUNIÃO DA CÚPULA DE LÍDERES DO G20


O efetivo e a estrutura operacional da GPort foi colocada à disposição da segurança do evento. Nível de segurança do porto foi alterado para o Nível 2

A Guarda Portuária (GPort) integrou o Comitê Executivo de Segurança Integrada Regional (CESIR), instalado especialmente para a segurança da reunião da Cúpula de Lideres do G20, que reuniu os chefes de Estado das principais economias do mundo, no Rio de Janeiro.


CESIR

O Comitê Executivo de Segurança Integrada Regional (CESIR) desempenhou papel essencial na coordenação entre os diferentes níveis de governo e entidades envolvidas.

A instalação e operação do CESIR garantiram agilidade na tomada de decisões e eficácia nas ações integradas, graças à matriz de responsabilidades que envolveu mais de 100 itens e ao apoio estratégico da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e do Ministério das Relações Exteriores.

Governo federal decretou GLO para Cúpula de Líderes do G20

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou o Decreto nº 12.243 autorizando o emprego das Forças Armadas para a garantia da lei e da ordem (GLO), no período de 14 a 21 de novembro, possibilitando o uso das Forças Armadas atuarem, em articulação com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e em coordenação com os órgãos de segurança pública, para garantir a segurança pública durante a Cúpula de Líderes do G20, tendo o General Mandim – Comandante Militar do Leste (CML) – como o Coordenador da GLO.

GLO

É um instrumento que visa a preservação da ordem pública. Por meio dele, é concedido poder de polícia aos militares.

Centro Integrado de Comando e Controle (CICC)

O Comitê Executivo de Segurança Integrada Regional (CESIR) utilizou a estrutura foi montada no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), da Polícia Militar do Rio de Janeiro, para acompanhar em tempo real a movimentação de autoridades e participantes dos eventos.

O CICC, estrutura dedicada à coordenação de grandes operações de segurança, desempenhou um papel central no monitoramento e na execução das estratégias de segurança para o G20.

Além dos operadores da Polícia Militar, a central de monitoramento do CICC contou com a participação de equipes de outras agências de segurança para assegurar o sucesso da operação de segurança do G20.

Guarda Portuária

Nas reuniões do CESIR, onde foram discutidas as questões de segurança do evento, a Guarda Portuária foi representada pelo seu superintendente Amauri Carlos de Faria e pelo Gerente de Segurança Jorge Dantas.

O efetivo e a estrutura operacional da GPort foi colocada à disposição da segurança do evento.

Câmeras de Monitoramento

As câmeras de monitoramento do Centro de Comando e Controle de Segurança Portuária (CCCSP) da Guarda Portuária, que conta com conta com mais de 150 câmeras, foram compartilhadas, com a anuência da Cesportos, na G20 Social (na área portuária)

Nível de Segurança do Porto

Durante o período do evento o nível de segurança do Porto do Rio de Janeiro foi alterado para o Nível 2 de Proteção pelo Coordenador da Comissão Estadual de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis do Rio de Janeiro (Cesportos-RJ), Fernando Caetano Ortiz Barletta.


Com o aumento do nível, conforme determina o Plano de Segurança Pública Portuária (PSPP), em atendimento ao Código Internacional para Proteção de Navios e Instalações Portuárias, do inglês International Ship and Port Facility Security - ISPS Code várias ações foram implantadas como o aumento do efetivo da GPort e o apoio do  Grupamento de Ações Extraordinárias (GAEX), da Guarda Portuária do Rio de Janeiro, principalmente na visita ao porto dos presidentes  no do Brasil, Chile e da África do Sul.

Segurança bem-sucedida

O General de Brigada Lucio Alves de Souza, chefe do Centro de Coordenação de Operações do Comando Militar do Leste, avaliou como bem-sucedida a operação de segurança montada no Rio de Janeiro para a realização do G20.



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