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domingo, 18 de outubro de 2015

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BRAÇO DA MÁFIA ITALIANA É CONDENADO EM SANTOS





Cinco pessoas ligadas à rede criminosa italiana usavam o porto para enviar cocaína à Europa.
A investigação que desbaratou o esquema da ’Ndrangheta – máfia calabresa, na região sul da Itália, considerada atualmente a mais poderosa no mundo pelo seu elevado faturamento e por estar infiltrada em diversos países – foi batizada no Brasil, pela Polícia Federal (PF), de Operação Monte Pollino.
O trabalho, realizado a partir da cooperação entre as polícias brasileira e italiana, resultou na primeira condenação em território nacional. Cinco réus, sendo três homens e duas mulheres, foram sentenciados pela juíza Lisa Taubemblatt, da 6ª Vara Federal de Santos, a penas que variam de 9 anos a 4 meses de reclusão a 34 anos, 8 meses e 12 dias. A maior punição foi imposta ao chileno Rayko Milan Tomasin Rivera, apontado pela PF como o líder da máfia calabresa no País.
A PF começou a apurar essa conexão do narcotráfico internacional em fevereiro de 2013, a partir de informações de autoridades da Itália sobre grandes quantidades de cocaína despachadas no Brasil, principalmente pelo Porto de Santos, e apreendidas na Europa. A droga era acondicionada em malas escondidas em contêineres.
Mulher de Rayko, Tamara Cecília Silva Melo foi condenada a 9 anos e 4 meses, mesma pena imposta a Carlos Alberto Mellies, o Carlinhos, e Luzia Elaine de Souza Roman. A juíza absolveu este trio da acusação de tráfico de drogas, mas o sentenciou pela associação para o tráfico, agravada pelo caráter transnacional do delito.
Morador em uma casa de luxo no município de Praia Grande, Rayko foi condenado pelo tráfico de drogas e pela associação para o tráfico. Considerado o seu braço direito na organização criminosa, Wagner Pereira Dutra, o Drácula, recebeu pena total de 20 anos, 8 meses e 12 dias.
Investigação



As investigações italianas começaram em 2010, com a Operação Bongustaio, e o intercâmbio com a PF resultou na identificação e prisão de envolvidos em vários países. No Brasil, a Monte Pollino deu origem ao ajuizamento de diversas ações penais, de acordo com as exportações de cocaína descobertas.
O processo da 6ª Vara Federal de Santos, que resultou na condenação de cinco pessoas, refere-se a três apreensões da droga, que totalizam 237,7 quilos. No entanto, a Monte Pollino e a Bongustaio retiraram de circulação, no Brasil e no Exterior, 1,3 tonelada de cocaína, avaliada na Europa em cerca de 10 milhões de euros (R$ 45 milhões).
Conforme a sentença, com o apoio de Drácula, Rayko viajava ao Peru para intermediar a compra de cocaína diretamente com os fornecedores. Além disso, recebia elevadas quantias em dólares destinadas ao financiamento do esquema criminoso, planejava todas as ações da organização e distribuía tarefas aos demais envolvidos.
Tamara e Carlinhos faziam parte do segundo escalão da estrutura mafiosa, mas contando com total confiança dos líderes para transportar dinheiro, guardar drogas e realizar outras ações. Luzia Roman fazia parte do braço financeiro da máfia, cuja responsável era a brasileira Maria de Fátima Stocker, a Diretora.
Presa na Espanha em março do ano passado, quando os demais réus foram capturados no Brasil, Diretora comandava a “organização europeia” da ’Ndrangheta, funcionava como elo entre vários setores da máfia e efetuava os pagamentos das remessas de cocaína compradas, conforme o juiz italiano Massimo Miniti assinalou em despacho.
Diretora recrutava pessoas, conhecidas por mulas, para transportar dólares em aviões, como se fossem turistas. Em certa ocasião, Luzia Roman foi presa no Aeroporto Internacional de São Paulo com US$ 120 mil e não informou a origem do dinheiro. O processo da 6ª Vara Federal de Santos foi desmembrado em relação a Diretora.

Fonte: Jornal A Tribuna

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