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SEMINÁRIO REALIZADO EM BRASÍLIA DISCUTIU O PAPEL DA GUARDA PORTUÁRIA

Evento foi promovido pela Federação Nacional dos Portuários (FNP) e pelo Conselho Nacional dos Representantes da Guarda Portuária (CONGPORT)...

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terça-feira, 25 de abril de 2017

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PRIVATIZAÇÃO DAS DOCAS EXIGIRÁ MODELO DIFERENTE PARA CADA PORTO



A privatização das companhias docas é discutida de tempos em tempos, mas nunca foi enfrentada
Fazer no porto de Santos não funciona

A decisão do governo de privatizar as companhias docas, começando pela do Espírito Santo (Codesa), promete gerar calorosas discussões. Especialistas avaliam que para ser bem-sucedida a iniciativa precisará atender às especificidades de cada uma das oito companhias docas, que administram portos muito diferentes entre si. Por isso, não haverá "a bala de prata" a ser aplicada verticalmente em todas as administrações.
O sócio da Terrafirma, David Goldberg, entende que há dois tipos de concessão: a cheia, em que o privado assumirá da gestão do condomínio aquaviário à operação de cargas; e a concessão somente da administração. A concessão cheia tende a ser mais viável em portos ainda em crescimento, onde não existem - ou há muito poucos - arrendatários de terminais (subconcessionários de áreas nos portos públicos). É mais atrativa porque grande parte da receita está na operação. Por outro lado, tende a criar conflitos onde existem muitos terminais arrendados.
"Fazer no porto de Santos não funciona. Para portos mais maduros, com muitos arrendamentos, o modelo de concessão somente da administração é mais aplicável", avalia Goldberg.
A privatização das companhias docas é discutida de tempos em tempos, mas nunca foi enfrentada. A decisão de levar o assunto adiante foi tomada recentemente, depois que o governo conseguiu desenrolar questões mais urgentes, como os terminais de uso privado (TUPs), e lançar arrendamentos. Agora, Brasília avalia haver espaço para abrir essa nova frente.
Uma fonte que acompanha a discussão pontua que os dois modelos de administração já testados na história recente do setor não lograram o êxito esperado. Da criação da agência reguladora do setor, Antaq, em 2001, até a Medida Provisória dos Portos, em 2012, que gerou a nova Lei dos Portos, foram feitas apenas dez licitações de áreas novas em 34 portos públicos, índice muito baixo.
Essa foi uma das razões que levaram o governo a recentralizar o planejamento e as licitações em Brasília. Mas desde a nova lei do setor, de 2013, o sucesso do programa de arrendamentos é considerado relativo. Cinco terminais foram leiloados, a maioria porque os contratos estavam vencidos. Um dos leilões foi revogado (o da Marimex) e houve uma tentativa fracassada (Vila do Conde, em 2015, deu "vazio"). "Talvez seja a hora de deixar o privado fazer", diz a fonte.
Uma questão bastante sensível é o destino da mão de obra das administradoras portuárias. O governo sabe que será um tema espinhoso e quer abrir desde o início o diálogo com os trabalhadores.
O objetivo da privatização é dar mais eficiência aos portos públicos - que em geral vêm perdendo espaço para os TUPs. A meta é melhorar não só a logística, mas sobretudo a gestão, eliminando o aparelhamento político e dando mais flexibilidade para compras e contratações de serviços, hoje engessadas pela Lei de Licitações. Outros dois problemas quase unânimes das docas são os passivos trabalhista e financeiro e a falta de recursos para investimentos essenciais como dragagem.
"A pergunta que não quer calar é quem se interessaria por comprar? Não vejo ninguém no mercado. A fonte de receita de uma companhia docas é tarifa pelo fornecimento de infraestrutura e pelo arrendamento. Essa receita teria de cobrir os custos, permitir investimentos e proporcionar margem para o negócio", diz Fabrizio Pierdomenico, sócio da Agência Porto. Ele, que já trabalhou na Secretaria de Portos, defende um modelo híbrido, em o que o Estado não abre mão de ser o gestor, mas os serviços condominiais são licitados.
Wilen Manteli, presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), sustenta há tempos que as docas não são mais administráveis, e têm excesso de funcionários, "embora haja técnicos muito bons", e que a única saída é buscar um novo modelo jurídico de gestão. "Seja concessão ou PPP, ainda que o governo mantenha o controle". O BNDES deverá definir o modelo de concessão e conduzir os estudos.


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domingo, 17 de abril de 2016

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PARAÍBA VAI SEDIAR ENCONTRO COM MINISTRO DOS PORTOS E AUTORIDADES PORTUÁRIAS


A última reunião foi no Porto de Paranaguá (Foto: CODESP)

Alguns grupos de trabalho foram criados com objetivo de tratar de pauta comum, a exemplo do plano de modernização, Guarda Portuária, dentre outros.

A Paraíba vai sediar, no dia 10 de maio, importante reunião com o governador Ricardo Coutinho, o ministro dos Portos, e 25 presidentes de Companhia Docas e portos delegados do país.
Essas reuniões mensais de trabalho têm ocorrido em vários estados e em maio será a vez da Companhia Docas da Paraíba organizar o encontro.
A presidente da Companhia Docas da Paraíba, Gilmara Temóteo, tem participado das reuniões que discutem e deliberam sobre pautas comuns entre todos os portos do Brasil.
Os encontros já ocorreram em Brasília, Pernambuco, Santos, Porto de Paranaguá e a próxima será em Cabedelo.
A questão alfandegária tem sido um dos principais temas abordados nas reuniões envolvendo todas as autoridades portuárias do país e o ministro chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República, Helder Barbalho.
Alguns grupos de trabalho foram criados com objetivo de tratar de pauta comum, a exemplo do plano de modernização, guarda portuária, dentre outros.
Gilmara Temóteo informou que a Secretaria de Portos vai implantar um plano nacional de modernização dos portos.
“A ideia é existir um modelo comum para todos. Um modelo só de estatuto, de regulamento. Isto vai facilitar a gestão portuária”, avaliou a executiva.
“Essas reuniões têm sido positivas”, concluiu a presidente da Companhia Docas da Paraíba.





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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

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A HORA E A VEZ DOS PORTOS NA OPERAÇÃO LAVA JATO




Como diria o ex-presidente Lula, "nunca antes na história" dos portos brasileiros administrados pelo Poder Público se viu tanta gente graúda com o "c." na mão, como agora. Isto porque, a embarcação trazendo os policiais federais, e com eles as investigações em torno da Operação Lava Jato, começou a navegar em direção aos complexos portuários estatais, devendo atracar a qualquer momento e a despeito da tábua das marés.
A dor de barriga (e de cabeça) geral teve início através da matéria veiculada no jornal Folha de São Paulo, na semana passada, na qual o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, afirmou em delação premiada que, a exemplo do que ocorria na Petrobras, empresas privadas também formaram cartéis para atuar em outras áreas do governo, entre elas a de portos. Setores da construção de hidrelétricas e aeroportos, além da Eletrobrás também foram citados por Costa.
A denúncia acendeu a luz nos sete portos com administração exercida pela União, as chamadas Companhias Docas, sob responsabilidade direta da Secretaria de Portos (SEP). Além desses, outros 30 complexos administrados por consórcios públicos, estados e municípios, também regidos pela Lei 12.815/13, e que rezam na cartilha da Pasta dirigida pelo ministro Edinho Araújo, também entraram em alerta.
Oportuno destacar que, em cumprimento ao disposto no Art. 65 da referida Lei, a SEP e o Ministério dos Transportes emitiram em conjunto uma portaria interministerial aprovando a relação de outros 122 Portos Fluviais, classificados como Instalações Portuárias Públicas de Pequeno Porte, os quais, por serem públicos, também foram atingidos pela delação.
Para os que não sabem ou têm memória curta, o Brasil conta ainda com 39 portos fluviais instalados do Oiapoque ao Chuí, definidos como IP4, que também se encontram sob a competência da SEP por força da Portaria Interministerial 24, de 11/02/2015. Igualmente públicos, seguramente serão investigados.
Não restam dúvidas que a grave denúncia do protagonista Paulo Roberto Costa fará emergir outras tantas lançadas pela Operação Porto Seguro, muitas delas envolvendo empresas e terminais portuários que operam no complexo santista, além de gafanhotos que ocuparam importantes cargos na Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). 
À julgar que quase a totalidade das empreiteiras que formam o seleto cartel da corrupção já fincaram suas estacas em centenas de obras em curso e já realizadas nos portos brasileiros, sobretudo o de Santos, muitas barbas já estão de molho, literalmente.
Assim sendo, considerando que a grande maioria dos complexos portuários públicos, marítimos e fluviais, foi transformada em verdadeiros canteiros de obras, quase todas oportunamente realizadas pelas grandes empreiteiras envolvidas na Lava jato, a Polícia Federal certamente precisará de muita ajuda, até porque, de agora em diante, haja portos para serem investigados, haja contratos, obras, denúncias, acordos de leniência e delações premiadas, trocas de acusações, haja mandados de prisão e, por fim, haja vaga na Papuda.
E já que a Justiça dos Estados Unidos está acionando a Petrobrás em ação coletiva de investidores da terra do Tio Sam por conta da Operação Lava Jato, o momento é mais que oportuno para os combativos e incansáveis policiais brasileiros solicitarem o auxílio da CIA - Agência Central de Inteligência - quando chegar a hora e a vez dos portos estatais, que ao que tudo indica estão bem próximas.
Afinal de contas, a CIA bem que poderia mandar ao Brasil o mais bem sucedido comando militar especializado do mundo, o U.S. Navy SEALs, ideal para atuar nas três áreas: no mar, esmiuçando a sempre polêmica dragagem e seus obscuros contratos; em terra, nos adensamentos de áreas, concessões, obras e mais obras, e outros; e para que o trabalho no ar não passe em branco, nada melhor do que resgatar as negociatas que envolveram a construção daquela "maravilha" da aviação executiva, heliporto da Codesp, que de tão inútil, inexplicável, bisonho e obsoleto não serve nem para pousos e decolagens dos "gafanhotos".  
Insetos e SEALs à parte, é bom os rebocadores, práticos e amarradores de navios irem se posicionando, uma vez que a proa da embarcação trazendo a nossa velha, boa e eficiente Polícia Federal já começa a apontar na entrada da barra. O apito anunciando a chegada é só uma questão de tempo.





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