Forças
de segurança estaduais e instituições federais atuaram em conjunto no combate
ao crime organizado na região litorânea do Paraná
O Porto de
Paranaguá abrigou na última quinta-feira (10) a abertura oficial da Operação
Albatroz que teve como objetivo, combater a entrada e a saída irregular de
produtos lícitos e ilícitos do País por meio da costa marítima brasileira. A
atividade demonstra a integração das forças de segurança e de instituições
federais e estaduais para o enfrentamento de organizações criminosas.
“Essa operação
faz parte de um programa nacional, o Guardião das Fronteiras, desenvolvido em
todo o Brasil com números expressivos. Começamos a planejar também a segurança
nas fronteiras marítimas do País e este ano já executamos a operação no Rio
Grande do Norte e o Paraná é o segundo estado contemplado. É um momento
importante no combate ao crime organizado no País”, destacou o coronel Saulo de
Tarso Sanson Silva, coordenador geral de Fronteiras do Ministério da Justiça.
A ação deflagrada
em Paranaguá é semelhante à Operação Hórus, que ocorre permanentemente desde
2019 nas fronteiras terrestres em todo o País. De acordo com Sanson, o papel
principal dessa coordenação é fomentar a integração das instituições. “Desde
2019 fazemos isso a nível federal, estadual e municipal nas fronteiras Oeste e
os protocolos de atuação integrada e os planos de operação vêm desse encontro,
integrar forças para o bem comum”, avisou.
No Paraná, os
portos de Antonina e Paranaguá, juntamente com toda a comunidade litorânea,
ganham esse reforço em termos de segurança pública.
“Os portos, pela
sua excelência na movimentação logística de cargas, não poderiam ficar de fora
desse importante reforço, que inicia agora e com a intenção de ser modelo para
outros portos. Já temos um trabalho desenvolvido em parceria com a Receita
Federal do Brasil (RFB) e a Polícia Federal (PF) e também contamos com todo o
aparato de apoio das polícias Militar e Civil. Agora outros órgãos poderão ser
convidados a integrar esse corpo participativo”, apontou o chefe da Guarda
Portuária (GPort), Cézar Kamakawa.
De acordo com o
delegado titular do Centro de Operações Policiais Especiais (COPE) da Polícia
Civil, Rodrigo Brown de Oliveira, o modelo da Operação Hórus tem tudo para ser
bem replicado no litoral paranaense. “A gente sabe do problema de segurança
pública que a gente tem na região do Litoral, a atuação de quadrilhas, o
próprio escoamento do tráfico internacional, então isso visa trazer um ganho
para a segurança pública”, explicou.
"Esse
trabalho integrado procura trazer um resultado melhor nesse início da temporada
de verão, pós-pandemia, justamente porque vamos ter um grande fluxo de pessoas
nos municípios e queremos trazer um reforço no combate ao crime
organizado", complementou.
Já o delegado da
Receita Federal, Gerson Zanetti Faucz, destacou o ganho que a troca de
informações entre as instituições integradas vai trazer no combate ao crime
organizado. “A Receita Federal, ao longo da sua atuação de controle aduaneiro,
de mercadorias e veículos que entram na zona primária, atua bastante nesse
controle ao tráfico porque possui muitas informações de quem está entrando e
saindo do País, então essa operação, na qual cada um tem o seu campo de
conhecimento, vai trazer mais benefícios para a segurança pública do País”,
arrematou.
Laboratório do Tráfico
Na noite de
sexta-feira, 11, as forças de segurança que integravam a operação estouraram um
laboratório do tráfico de drogas no bairro Itiberê, na Ilha dos Valadares, em
Paranaguá.
Com o apoio de lanchas da Patrulha Costeira e
do NEPOM – Núcleo Especial de Polícia Marítima, da Polícia Federal e equipes do
COPE – Centro de Operações Policiais Especiais, da Polícia Civil, uma ação
tática de abordagem foi preparada e executada.
Os policiais
desembarcaram das lanchas e seguiram por um acesso até o imóvel onde o
estabelecimento comercial está instalado.
Ao verificar o
interior do local, as equipes encontraram 4,33 kg de cocaína, material usado no
refino e preparação de tabletes de cocaína, como formas, uma prensa industrial,
produtos químicos, balança de precisão e embalagens plásticas.
Durante a perícia
realizada por policiais federais nos imóveis abordados, foi recolhido um
aparelho celular, documentos pessoais e também de empresas que atuam no setor
portuário, como por exemplo, um código de proteção de navios.
Todo o material
apreendido foi encaminhado para a Delegacia da Polícia Federal que segue com as
investigações.
Operação Albatroz
A Operação
Albatroz é coordenada pela Secretaria de Operações Integradas (SEOPI), do
Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP), e conta com a atuação
integrada da Polícia Federal, Receita Federal, das polícias Civil e Militar do
Paraná, Guarda Portuária, Marinha do Brasil, Ministério da Agricultura e do
Abastecimento, Ministério da Infraestrutura e Agência Brasileira de
Inteligência (Abin).
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