Suspeitos misturavam soja com areia e fertilizante com
calcário
Investigações
apontam que o grupo suspeito de furtar, adulterar e revender ilegalmente cargas
de soja e fertilizantes no Paraná abordava os caminhoneiros em postos de
combustível e no Porto de Paranaguá.
Em um áudio
interceptado pela polícia, um dos integrantes da quadrilha tenta convencer um
motorista a participar do esquema.
Na operação, realizada no dia 28/05, 31 pessoas foram presas.
De acordo com a
polícia, as cargas desviadas eram levadas a armazéns clandestinos, onde a soja
era misturada com areia. Após a adulteração, os produtos eram reembalados para
simular origem legítima.
Os fertilizantes seguiam
o mesmo processo. Segundo a investigação, após o desvio, eram adulterados com
materiais como calcário e silicato, reembalados e revendidos ilegalmente.
Essa prática gerava
prejuízos diretos a produtores rurais e comprometia a produtividade das lavouras.
A estimativa é que os prejuízos superam os R$ 15 milhões, além de colocar em
risco a credibilidade do Brasil no mercado internacional.
"É uma
organização criminosa que vai muito além do motorista. Vai desde quem faz a
seleção dos caminhões a serem abordados, dos motoristas que foram cooptados
para mudar o trajeto, de quem faz a receptação, de quem fornece os barracões
para a mistura", detalha o secretário de segurança pública, Hudson Leôncio
Teixeira.
Intensificação dos
protocolos de segurança
Segundo Gabriel
Perdonsini Vieira, diretor de operações portuárias no Porto de Paranaguá, o
porto notou um aumento nas tentativas de exportação de cargas adulteradas nos
últimos dois anos.
Para evitar que isso
aconteça, o Porto de Paranaguá intensificou os protocolos de segurança e de
checagem das cargas.
"Nós temos a
plena convicção de que hoje nossos processos e procedimentos garantem a
qualidade necessária das cargas para que possam ser exportadas, afirma Vieira.
Fonte: g1 paraná
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