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segunda-feira, 16 de julho de 2012

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GUARDAS PORTUÁRIOS NA LINHA DE FOGO




No último sábado (14/07), dois bandidos armados com pistolas tentaram assaltar um veículo na Av. Rodrigues Alves, em frente ao Portão 13 e 14 do Porto do Rio de Janeiro. A dupla, que já estava sendo seguida por viaturas da Polícia Militar, foi cercada justamente no momento em que tentava assaltar outro veículo para trocar de carro quando começou a troca de tiros com os policiais.

          Ao perceberem que estavam cercados, os dois bandidos resolveram fugir em direções opostas, sendo que um deles acabou invadindo o estacionamento da sede da Guarda Portuária do Rio de Janeiro que fica próximo ao local. Na ocasião, o meliante apontou sua arma para os guardas portuários que estavam de plantão mediante graves ameaças. Evitando possível confronto, os guardas portuários abrigaram-se para proteger suas vidas, ocasião em que o bandido pulou o muro em direção à Rua da Gamboa quando foi abatido pelos policiais militares em nova troca de tiros. O outro bandido conseguiu escapar.

          A infeliz ocorrência traz à tona antigos problemas enfrentados pelos guardas portuários que realizam a segurança dos portos. Segundo relato da Associação dos Guardas Portuários do Estado do Rio de Janeiro a invasão à sede da Guarda Portuária poderia ser evitada se os muros que cercam o estabelecimento estivessem protegidos com concertinas. “Nossa sede, assim como os postos de serviço da Guarda Portuária, há anos encontram-se abandonados pela Cia. DOCAS do Rio de Janeiro (que administra os portos e a Guarda Portuária) e nossos funcionários ficam diariamente a mercê de situações como essas, arriscando suas vidas no exercício de suas funções – afirma o presidente da AGPERJ, Dejacy da Conceição”.

          Os guardas portuários também reclamam da falta de equipamentos básicos de proteção como o uso de coletes a prova de balas. A Portaria 191 do TEM/SIT/DSST publicada no Diário Oficial da União no dia 6 de dezembro de 2006, estabeleceu a obrigatoriedade do fornecimento, por parte das empresas, de colete à prova de balas para funcionários que trabalhem portando arma de fogo. A AGPERJ informa que até a presente data nenhum guarda portuário recebeu coletes de proteção e já estuda a possibilidade do ingresso de ação judicial para obrigar a CDRJ a fornecer o material adequado e reparar possíveis danos causados pela exposição ao perigo.

          Outra reclamação dos guardas portuários consiste no fato de grande parte de seus funcionários estarem trabalhando desarmados por terem seus portes de arma vencidos. Hoje, conforme determinação da Polícia Federal, a renovação do porte de arma dos guardas portuários exige aprovação em provas práticas de tiro, além de provas escritas e avaliação psicotécnica. Segundo informa a AGPERJ, o problema enfrentado pelos guardas portuários na renovação do porte de arma consiste no grau de dificuldade da prova prática de tiro. “A prova de tiro cobrada pela Polícia Federal exige um grande nível de preparo e destreza para obtenção de êxito devido ao seu grande grau de dificuldade. É preciso treinamento constante dos guardas portuários, não só para aprovação das provas de renovação de porte de arma, mas, também, para o correto exercício de suas funções no fiel cumprimento de seus deveres, o que também não vêm sendo propiciado pela CDRJ – como ressalta o presidente da AGPERJ”.

Tais fatos ratificam a necessidade de dar prosseguimento aos esforços que vêm sendo envidados pela AGPERJ, não só para o bem estar de seus associados, mas principalmente, para a segurança de todos os guardas portuários.

Fonte: AGPERJ


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