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segunda-feira, 4 de abril de 2016

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SANTISTA COM NOME NA LISTA DA INTERPOL É PRESO POR NARCOTRÁFICO NA CAPITAL




Márcio Henrique Garcia Santos, de 32 anos, foi capturado no edifício de classe média alta onde se refugiava no Morumbi
Condenado a 33 anos de reclusão por narcotráfico internacional e com o nome incluído na relação mundial de procurados da Interpol, o santista Márcio Henrique Garcia Santos, de 32 anos, foi capturado às 22h20 da última quinta-feira (31), no edifício de classe média alta onde se refugiava no Morumbi, na Zona Oeste de São Paulo.
Conhecido desde a infância por Orelha, Márcio começou a utilizar o apelido de Messi mais recentemente, quando passou a ter papel importante na remessa de cocaína para o Exterior, via Porto de Santos. A troca de codinome teria como principal finalidade dificultar a sua identificação e confundir investigações da Polícia Federal (PF).
Com documento em nome de outra pessoa, Orelha residia no prédio da Rua José Carlos de Toledo Piza, 150, sem despertar a suspeita de outros condôminos. Porém, policiais militares receberam denúncia de que um morador do edifício, chamado Márcio e dono de um Ford EcoSport branco, ano 2015, era procurado da Justiça.
Após a localização do carro na garagem do condomínio, os policiais descobriram o apartamento do seu proprietário e o abordaram. Orelha se identificou com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) falsa que portava, mas os PMs logo o desmascararam. O criminoso, então, revelou a real identidade e admitiu a sua condição de procurado.
No entanto, como forma de evitar a prisão, o acusado ofereceu aos policiais a quantia de R$ 1.500,00 que portava e prometeu pagar mais R$ 30 mil, bastando apenas realizar alguns telefonemas para obter o dinheiro. Os PMs não aceitaram o suborno e encaminharam Orelha ao 89º DP de São Paulo.
O delegado Rogério Zuim Uehara autuou Orelha em flagrante por uso de documento falso e corrupção ativa. Ele era procurado desde dezembro de 2013, por força de prisão preventiva. Naquela época, dois irmãos do marginal transportavam grande quantidade de cocaína em dois carros de luxo e trocaram tiros com agentes da PF, em Santos.
Apesar de a captura de Orelha ter ocorrido na última quinta-feira à noite, ainda ontem era possível visualizar na internet a sua ficha criminal na Difusão Vermelha – lista da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal com 186 países-membros, entre os quais o Brasil) com os nomes e as fotos de fugitivos com atuação mundial.
O objetivo da relação é facilitar a captura e a extradição dos foragidos. A inclusão da ficha de Orelha na Difusão Vermelha foi determinada pelo juiz federal Roberto Lemos dos Santos Filho, da 5ª Vara Federal de Santos, na sentença que o condenou a 33 anos de reclusão pelos crimes de tráfico de drogas internacional e associação para o tráfico.
Na mira da oversea
A pena de 33 anos de reclusão imposta pela Justiça Federal Orelha ou Messi deriva de um dos processos da Operação Oversea e se refere às apreensões de dois carregamentos de cocaína que seriam enviados à Europa. O marginal ainda responde a outras ações penais oriundas da mesma operação, que não foram sentenciadas.
A Oversea é considerada uma das maiores operações da história da PF na repressão ao narcotráfico internacional. Ela mobilizou autoridades de outros países em um trabalho de cooperação, sendo responsável pela apreensão de 3,7 toneladas de cocaína, no Brasil e no Exterior, entre janeiro de 2013 e março de 2014.
No processo no qual Orelha já foi condenado, dossiê da PF atribui ao acusado a coordenação da logística envolvendo o transporte e o acondicionamento de cocaína dentro de contêineres em dois episódios distintos, denominados eventos números 5 e 10 (veja o mapa). A sentença foi prolatada em 17 de novembro de 2015.


No evento nº 5, policiais federais interceptaram 55 quilos de cocaína, em 23 de setembro de 2013. O entorpecente estava acondicionado em duas malas de viagem. Elas foram colocadas no meio da carga de um contêiner, que seria embarcado no navio MSC Florentina. O destino da droga seria o porto alemão de Bremerhaven.
Em 23 de novembro de 2013, no evento nº 10, os policiais federais descobriram dez malas com 282 quilos de cocaína dentro de um contêiner a ser embarcado no navio MSC Vancouver. A apreensão evitou que o entorpecente fosse despachado para o Porto de Antuérpia, na Bélgica.
Nesta mesma data, Felipe Muniz Martins dos Santos, o Arroz, foi preso com cerca de 100 quilos de cocaína no Ceará. Apontado como braço direito de Orelha, Arroz era o dono do galpão onde a quadrilha estufava os contêineres com cocaína, antes de enviá-los aos terminais alfandegados para exportação. Ele foi condenado no mesmo processo.
Interceptações telefônicas feitas pela PF com autorização judicial mostram que Orelha tem ascendência sobre trabalhadores ligados ao Porto de Santos, dos quais recebeu informações sobre navios e rotas de contêineres. Ele também está articulado com os donos da cocaína e provavelmente com o pessoal que receberia a droga no Exterior.
O juiz federal Roberto Lemos condenou Arroz pelo evento nº 10 a 21 anos e o absolveu por insuficiência de prova pelo evento nº 5. Orelha foi condenado pelas duas apreensões. Conforme a sentença, a dupla se associou com outras pessoas para “obter lucro fácil, via narcotráfico, em detrimento da saúde pública nacional e internacional”.


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