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quarta-feira, 8 de março de 2017

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FURTOS EM CAMINHÕES MOBILIZAM AUTORIDADES DE PARANAGUÁ




As tradicionais vazadas têm se tornado mais frequentes na cidade
Os furtos em caminhões que chegam e saem do Porto de Paranaguá têm aumentado consideravelmente em Paranaguá.
As conhecidas “vazadas” consistem em violar a parte da proteção da carga, fazendo com que o produto comece a vazar pela estrada.
Rapidamente, o produto é recolhido por dezenas de pessoas e, posteriormente, revendido para receptadores que normalmente guardam o material em armazéns para revendê-lo.
A situação tem atormentado a vida dos moradores das regiões onde o crime acontece e dos milhares de caminhoneiros que chegam à cidade. Há poucos dias, o Agora Litoral publicou o desabafo de um deles. Ouça aqui Tocador de áudio
Nessa semana, autoridades, empresários e representantes da sociedade, participaram de uma reunião cujo tema foram as vazadas em Paranaguá.
Para o prefeito Marcelo Roque, que já havia se reunido com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) anteriormente e discutido o assunto, a união de todos deverá encontrar uma solução para esse problema que aflige o município.
Ele também afirmou ter cobrado da Ecovia, do Estado e da União uma maior manutenção nas avenidas Ayrton Senna e Bento Rocha e se comprometeu a colaborar na iluminação dessas vias.
A intenção da Prefeitura é recriar em Paranaguá a Companhia Portuária, uma brigada formada pela Polícia Militar, Guarda Civil Municipal, Guarda Portuária e outras autoridades para conter as vazadas e fiscalizar o tráfego nas vias de acesso.
“O município tem que ter uma contrapartida do Governo do Estado. Nosso porto bate cada vez mais recordes positivos, mas nós só ficamos com o ônus da atividade portuária”, disse.
Números
De acordo com a Ecovia, em 2016 ocorreram oficialmente 153 casos de estouro de bica de caminhões em Paranaguá.
Somente em janeiro de 2017, já foram realizadas 19 vazadas, e até a metade deste mês já ocorreram seis casos. Houve um crescimento de 40% das vazadas em comparação ao mesmo período no ano de 2016.
Em 14 de fevereiro, a Polícia Civil apreendeu cinco toneladas de soja e fertilizantes provenientes de vazada num galpão clandestino próximo às vias de acesso ao porto.


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