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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

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COMPANHIA DOCAS DE SÃO SEBASTIÃO SEGUE NA VANGUARDA DO RETROCESSO




O Presidente da estatal abriu fogo contra a Polícia Federal, Receita Federal, Praticagem do Estado de São Paulo, colaboradores concursados e até mesmo contra a ala feminina da empresa

O posicionamento favorável à privatização da Companhia Docas de São Sebastião (CDSS) manifestado pelo presidente da estatal, Casemiro Tércio dos Reis Lima Carvalho, na audiência pública realizada no mês passado na Câmara dos Deputados, em Brasília, está sendo bastante criticado por lideranças sindicais e trabalhadores que atuam no complexo portuário do litoral norte paulista.
Promovido pelo deputado federal e ex-prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa (PSDB), o encontro reuniu empresários, sindicalistas, dirigentes das administradoras portuárias estatais, políticos, representantes do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), do Ministério Público do Trabalho (MPT) e demais autoridades do setor. 
Além do posicionamento contrário aos interesses dos trabalhadores, Casemiro Tércio, no cargo em razão de mais uma nefasta e vergonhosa indicação política, teceu várias críticas aos empregados da empresa que administra, a qual, não por acaso, vem colecionando sucessivos fracassos e retrocessos desde sua chegada.
Com declarações notadamente inoportunas e nada condizentes para um ocupante do importante cargo, Casemiro Tércio apenas ratificou sua condição de mandatário meramente político, ou seja, de estar presidente por conta de conchavos e troca de favores partidários, limitado em se tratando da questão portuária, de poucos recursos técnicos e nenhum tato com as demais instituições, o que explica o leque de deficiências na gestão da Docas local.
Isso ficou claramente patenteado através de seu frágil repertório quando, ao fazer uso do microfone na audiência pública, resolveu culpar a tudo e a todos pelos problemas que deveriam ser atribuídos à sua própria e combalida administração.
Ao invés do "mea culpa" preferiu abrir fogo contra a Polícia Federal, Receita Federal, Praticagem do Estado de São Paulo, colaboradores concursados e até mesmo contra a ala feminina da estatal, segundo ele, os verdadeiros responsáveis pelos problemas verificados na CDSS. Enfim, uma atitude covarde e desprezível, além de um fiasco que entra pelas portas dos fundos para a história da empresa.
Para agravar ainda mais o descontentamento da classe laboral com a atual administração do porto sebastianense, durante reunião ordinária ocorrida dias após o encontro realizado na Capital Federal, o Conselho de Administração (CONSAD) da empresa também manifestou-se favoravelmente à desestatização da administradora portuária.  
De acordo com os representantes laborais, a transferência da gestão da Autoridade Portuária de São Sebastião para a iniciativa privada ou até mesmo para o capital estrangeiro poderá gerar consequências irreparáveis para a economia da região em razão do provável desemprego em massa dos atuais doqueiros da empresa, em sua maioria concursados, e não apadrinhados por partidos políticos que seguem corroendo as administrações públicas.
Com efeito, o cenário naquele município e demais cidades com atividades ligadas ao complexo poderá ser agravado em face da séria ameaça que consiste na possível perda de centenas de postos de serviços destinados aos trabalhadores portuários avulsos, reconhecidos e amparados pela Lei 12.815/2013.
Vale ressaltar que juntos, doqueiros, estivadores, conferentes, arrumadores, consertadores de carga e vigias de bordo não só construíram um rico histórico de lutas e conquistas, como também ajudaram a construir o Porto de São Sebastião, um dos principais polos de escoamento do etanol brasileiro e demais granéis líquidos.
Além disso, pelo Porto de São Sebastião são movimentados produtos como barrilha, sulfato de sódio, malte, cevada, trigo, produtos siderúrgicos, máquinas e equipamentos, bobinas de fio de aço e cargas gerais. O porto é considerado um dos principais portões de saída dos veículos exportados para países do Mercosul para o México.
Apesar dessa cadeia de possibilidades e do invejável potencial econômico que representa o complexo localizado na costa do litoral norte do Estado de São Paulo, a CDSS vem acumulando prejuízos milionários e aumentando consideravelmente seu passivo trabalhista, o que se configura como um caso clássico de descaso com o erário público. Sem qualquer sombra de dúvidas, uma gestão que naufraga há seis longos anos.

Fonte: Sindaport

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