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quarta-feira, 4 de setembro de 2019

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CINCO BRASILEIROS SÃO PRESOS EM CABO VERDE COM MAIS DE DUAS TONELADAS DE COCAÍNA



A Polícia Judiciária do país, responsável pela apreensão da droga, contou com a cooperação da Polícia Federal (PF) brasileira na operação.
No dia 03 de agosto, cinco brasileiros foram presos em Cabo Verde, na África, em uma embarcação na qual transportavam mais de duas toneladas de cocaína.
Esta operação, que naquele país recebeu o nome de “Operação Constância”, foi realizada pela Polícia Judiciária (PJ), em conjunto com a Guarda Costeira, a Polícia Nacional do país e a Maritime Analysis and Operations Centre – Narcotics (Maoc-N), que tem sede em Lisboa.
A Polícia Judiciária do país, responsável pela apreensão da droga e pelas prisões, também contou com a cooperação da Polícia Federal (PF) brasileira na operação.
Segundo a PJ, os cinco homens foram detidos na abordagem da embarcação “Perpétuo Socorro de Abaeté II”, onde foram localizados 2.256,2 kg de cocaína, porém, não foi divulgado onde estava escondida a droga. Nas fotos observamos dezenas de fardos envoltos em plástico, já fora do navio.
Os cinco suspeitos detidos, de nacionalidade brasileira, após audiência no Tribunal da Comarca da Praia, tiveram a prisão preventiva decretada.
Segundo o Escritório das Nações Unidas contra a Droga e Crime (ONUDC), Cabo Verde integra a rota da cocaína até países da Europa, o que explica o esforço das autoridades cabo-verdianas para coibir o tráfico.
Outro Caso
Em agosto de 2017, no Porto de Mindelo, em uma operação conhecida em Cabo Verde como ”Operação Zorro”, a polícia de Cabo Verde prendeu outros três brasileiros por transporte de cocaína. Na ocasião, os baianos Daniel Dantas e Rodrigo Dantas e o gaúcho Daniel Guerra estavam em um veleiro, tendo como destino a Ilha da Madeira (Portugal), transportando mais de uma tonelada de cocaína no casco. Eles alegaram inocência.
O trio chegou a ser condenado a 10 anos de prisão no país, por tráfico internacional de drogas mesmo depois de um inquérito da PF os declarar inocentes.
Após esforços do Ministério das Relações Exteriores, os três brasileiros detidos foram libertados em Fevereiro deste ano, cerca de 18 meses após a ordem prisão, por esgotamento do tempo de prisão preventiva, dias depois de o Tribunal da Relação de Barlavento, para onde tinham recorrido, ter procedido à anulação da sentença proferida em primeira instância.
A juíza entendeu que houve desrespeito ao direito de defesa. Eles se encontram atualmente no Brasil, onde aguardam em liberdade um novo julgamento em Cabo Verde.
No inquérito realizado no Brasil pela Polícia Federal, os brasileiros foram inocentados em virtude do testemunho do inglês Robert James Delbos, um dos suspeitos por esconder os 1157 quilos de cocaína no veleiro “Rich Harvest”, que garantiu que nem os três brasileiros, nem o francês Olivier Thomas, que fazia igualmente parte da tripulação, sabiam da existência da droga.
Delbos prestou estas declarações em Salvador, no Brasil, para onde foi extraditado após ser detido na Espanha, em 2018. No inquérito afirmou ainda que George Eduard Soul, também conhecido como Fox, alegado dono do veleiro seria o responsável pela carga de cocaína.
Nesse ano

Em 31 de Janeiro, foram encontradas 9,5 toneladas de cocaína a bordo de um navio no Porto da Praia. A maior apreensão do país e a segunda maior a nível mundial.
A apreensão ocorreu a bordo do Navio ESER, de bandeira Panamiana. O navio tinha saído da América do Sul e teria como destino Tanger (Marrocos). A morte de um tripulante, que segundo a PJ, terá falecido de causas naturais, obrigou a uma parada naquele porto. Como o MAOC – N vinha monitorando o navio, as autoridades nacionais foram alertadas. Nessa operação foram detidos 11 cidadãos de nacionalidade russa, que alegam terem carregado a droga sob ameaça.
Aumento Global
As apreensões de cocaína estão aumentando em todo o mundo. Em 2017, de acordo com dados da UNODC, não só a fabricação ilícita global de cocaína registou um aumento de 25% em relação ao ano anterior como a quantidade global de cocaína apreendida aumentou 13%, para 1.275 toneladas. “A maior quantidade já registada”, diz o Escritório da ONU.
Pelas recentes apreensões feitas em todo o mundo, acredita-se que o ano de 2019 será um ano que vai quebrar todos os recordes.
Na África, além de Cabo Verde, que bateu recordes nacionais e regionais, com a apreensão de 31 de Janeiro, a Guiné-Bissau, conhecida também por fazer parte da rota de tráfico internacional fez a sua maior apreensão: 789 Kg de cocaína. A droga tinha como destino o Mali para depois atingir outros mercados, com particular destaque para a Líbia e Europa.
Na Europa, os números também aumentam. A Alemanha, por exemplo, apreendeu no início do mês passado, no Porto de Hamburgo 4,5 toneladas de cocaína, num navio proveniente do Uruguai, a maior apreensão de cocaína da história do país europeu, conta a DW.
Na América, em março apreendeu-se no Porto de Nova Iorque/Newark a maior quantidade de droga dos últimos 25 anos: 1.455 quilos de cocaína. “A cocaína, nemesis da Nova Iorque nos anos ‘90, está de volta, mostrando a vontade dos narcotraficantes para construir uma base emergente de clientes, misturando cocaína com fentanil”, disse Ray Donovan, agente especial da DEA, citado pela AFP.
No Brasil, entre janeiro e maio de 2018 haviam sido apreendidas, pela Polícia Federal, 23,2 toneladas de Cocaína. Este ano, no mesmo período, a contagem já atingia a marca de 39,3 toneladas, em todo o país. Um aumento de 69,4% apontou o G1.
O aumento das apreensões se interliga não só a um eventual melhor sistema de combate integrado ao narcotráfico, mais também ao aumento da produção. Na Colômbia, maior exportadora de cocaína no mundo, os cultivos ilegais aumentaram 50% em 2016, segundo a UNDOC, que foi citada pelo El País.


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