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segunda-feira, 18 de abril de 2022

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INVESTIGAÇÃO DESVENDA ESQUEMA DE TRÁFICO INTERNACIONAL DE DROGAS DEBAIXO D'ÁGUA

 

O Programa Fantástico, da Rede Globo teve acesso à investigação descobriu como a máfia italiana mandava esconder cocaína em cascos de navios no Brasil

A Polícia Federal (PF) desvendou um esquema de tráfico internacional de drogas que tem conexões com a máfia da Calábria, na Itália. Mergulhadores colombianos a serviço da organização criminosa esconderam meia tonelada de cocaína dentro do casco de navios de carga que iam do Paraná para a Europa.

O repórter Wilson Kirsche teve acesso exclusivo à investigação, com imagens do momento em que a cocaína é encontrada debaixo d'água.

Na reportagem em vídeo você vai ver:

O mergulhador da PF vistoriando três compartimentos submersos de um navio e, em um deles, encontra quase 300 kg de cocaína;

Como funciona o compartimento chamado de “caixa de mar”, que capta água do mar para fazer refrigeração das máquinas;

Outros esquemas para exportar a droga a partir de Paranaguá: cocaína escondida em bolsas dentro de contêineres; ou em pacotes em cargas de grãos; ou em tonéis de suco de laranja.

Como as câmeras de segurança monitoram os corredores e que há “pontos cegos” nas passagens estreitas entre as pilhas de contêineres — e que os pacotes de cocaína são descarregados nesses corredores.

A PF identificou pelo menos duas quadrilhas - uma delas comandada por Jefferson Barcelos de Oliveira, que era guarda municipal em Paranaguá. Entre os clientes das quadrilhas, estava uma das famílias mafiosas da Itália. Em uma das imagens obtidas pelo Fantástico, é possível ver Jefferson saindo do apartamento do italiano Nicola Assizi, em Praia Grande (SP).

Segundo as investigações, Nicola e o filho, Patrick, são associados da 'Ndrangheta. Eles foram presos numa operação conjunta com a polícia italiana em 2019. No apartamento, os agentes apreenderam cocaína, dinheiro e máquinas para falsificar lacres de contêineres. Os advogados de Nicola e Patrick afirmam que "não há nada nesta investigação da Polícia Federal que vincule os seus clientes com Jefferson Barcelos".

Em Paranaguá, Jefferson manteve o esquema até ser assassinado a drtiros, em maio de 2020. O crime foi registrado por câmeras de segurança. A prefeitura de Paranaguá afirma que, na época dos fatos, Jefferson estava afastado da Guarda Municipal.

A administração do Terminal de Contêineres de Paranaguá – TCP diz que está colaborando com as investigações e que dois scanners de última geração ficam à disposição da Receita Federal 24 horas por dia. A empresa diz também que tem mais de 400 equipamentos que suportam vigilância sob orientação da Receita.

Com a morte de Jefferson, segundo a Polícia Federal, a quadrilha passou a ser chefiada pelo tio dele, Zacarias Barcelo - que é policial civil em Curitiba. Na semana passada, a PF prendeu Zacarias e outros 16 suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas. Os agentes também aprenderam armas dinheiro, carros de luxo e até um jatinho.

Em nota, a Polícia Civil do Paraná informou que deu apoio à Polícia Federal para prender Zacarias e que vai abrir procedimento administrativo para apurar o caso. A defesa do policial informou que os esclarecimentos serão apresentados exclusivamente às autoridades competentes.

Clique aqui para ter acesso ao vídeo do Programa Fantástico.

Fonte: Por Fantástico/g1/globo


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