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sábado, 13 de dezembro de 2014

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GUARDA PORTUÁRIA PARTICIPA DE SIMULADO DE PREVENÇÃO CONTRA EBOLA


Guarda Portuária escoltou as viaturas de resgate até o local de atracação do navio (reprodução TV Tribuna)

Na última quarta-feira (10) foi realizado no Porto de Santos, litoral de São Paulo, um simulado para caso suspeito de Ebola. O treinamento realizado entre os armazéns 32 e 33 do Porto de Santos é o primeiro feito em área portuária no Brasil. A Guarda Portuária apoiou o trabalho das equipes de resgate, escoltando viaturas de resgate, isolando a área e controlando o acesso de pessoas e veículos.
Um tripulante africano de 26 anos que embarcou em Serra Leoa, no Oeste da África, para uma viagem até o Porto de Santos, foi o principal personagem do exercício que simulou a chegada do vírus ebola ao cais santista.
O objetivo da ação, segundo o portal do Ministério da Saúde, foi colocar em prática o protocolo elaborado para essa situação, para treinamento das instituições envolvidas em condições que simulam um caso real.
O simulado foi promovido pelo Ministério da Saúde, a Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP) e a Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP), além da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em parceria com outras 12 instituições. Ao todo, mais de 150 pessoas participaram da simulação.
A Guarda Portuária promoveu o isolamento da área (reprodução TV Tribuna)
Na ação foram realizados os passos que devem ser adotados sobre um caso suspeito de ebola, desde o aviso do comandante da embarcação à Agência de Navegação até a retirada do paciente do navio pelo Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências (GRAU) e do monitoramento dos viajantes que tiveram contato com o paciente.
Esse foi o quarto simulado realizado no Brasil com a participação do Ministério da Saúde. Dois haviam sido feitos em aeroportos do Rio de Janeiro e de São Paulo, quando foi treinado o protocolo de atendimento a um suspeito com ebola procedente dos países onde há epidemia do vírus (Libéria, Serra Leoa e Guiné).
Na semana passada, também foi realizado simulado de ebola em Brasileia, no Acre. Na ocasião, foram treinados os procedimentos que devem ser adotados em uma unidade de saúde para um caso suspeito da doença vindo por vias terrestres.
“Estamos aprimorando as medidas que devem ser tomadas para atendimento em um caso suspeito de Ebola ou outros tipos de doenças. É um processo de constante aprimoramento. Estamos preparando o porto para qualquer adversidade em saúde pública”, explicou Daniela Buosi, Coordenadora Geral de Vigilância em Saúde Ambiental do Ministério da Saúde.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o risco de transmissão da doença por viajante internacional é considerado muito baixo. Até o momento, houve apenas um caso suspeito pelo vírus ebola no Brasil.
Simulação
Resgate do tripulante (reprodução G1)
O exercício teve início com o aviso do comandante da embarcação sobre um caso suspeito de Ebola à Agência de Navegação, situada no Porto de Santos. Servente de cozinha, 26 anos, o paciente começou a trabalhar no navio no dia 2 de dezembro quando a embarcação aportou em Serra Leoa para o embarque de oito tripulantes. No dia 9 de dezembro, sete dias depois de sair de Serra Leoa, ele apresentou os primeiros sintomas como febre e náusea.
Avisada pelo comandante, a Agência de Navegação repassou imediatamente as informações do caso para a Anvisa local e para a Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP). A Anvisa fez a comunicação ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de São Paulo (CIEVS), que avaliou o cenário - com base nas informações dadas pelo comandante da embarcação - para a confirmação se o caso se enquadra como suspeito.
Com a confirmação do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de São Paulo, a Anvisa informou a  Codesp, que autorizou a atracação da embarcação no Porto. Enquanto isso, a Codesp informou outros órgãos envolvidos no resgate do paciente: Polícia Federal; Praticagem; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); Capitania dos Portos; Receita Federal; Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp); Órgão de Gestão de Mão de Obra do Porto de Santos (Ogmo) e Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP/PR).
O protocolo fictício que foi encenado contou com a hipótese de um navio vindo de Serra Leoa, uma das regiões africanas com maior incidência da doença. A representante do Grau esclarece que cada embarcação possui uma maneira de retirada do paciente específica por questões de segurança. Neste caso, o procedimento usado foi similar aos de resgates aéreos.
O Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências (GRAU) e o Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER) foram chamados pelo (CIEVS) para fazer a remoção e atendimento do paciente, assim como o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais também foram notificados sobre o caso. O Grupamento Marítimo do Corpo de Bombeiros fez a assistência via mar no resgate do caso suspeito.
Após o resgate do paciente que, em uma situação real seguiria para o Hospital Emílio Ribas – em São Paulo, referência para o atendimento de Ebola -. Por último, a Agência aplicou um questionário para monitoramento dos contactantes. “Essas cinco etapas são importantes para monitorar todo o processo que deve ser seguido em um possível caso suspeito de Ebola ou outra doença, que vai desde o acionamento feito pelo capitão até o monitoramento dos viajantes contactantes”, finalizou Daniela Buosi.
Com a atracação do navio, todo o procedimento da entrada da equipe do Corpo de Bombeiros e agentes do Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências (GRAU) entraram para isolar o passageiro suspeito que seria levado para o centro de referência no Hospital Emílio Ribas, em São Paulo. Na sequência, a Anvisa orientou a desinfecção do navio que seria feita por uma empresa privada.
O médico Daniel Pagonete de Moraes, que trabalha no Porto, foi o paciente voluntário. "Assim que me abordaram eu disse que estava doente. Eles colocaram equipamentos de proteção em mim, como luvas, máscara, vestimenta e me colocaram na maca bolha. Acho que a avaliação foi positiva, mas a hora de sair foi bastante tensa", finaliza.
De acordo com Assessora do Gabinete da Secretaria de Saúde do Estado, Maria Cecília Damasceno, a ação ocorreu dentro dos padrões. ''O simulado foi um sucesso. Fizemos todo o procedimento necessário em 26 minutos, contando desde a entrada da equipe na embarcação até a saída do resgate já com o paciente. Tivemos que usar a maca cesta utilizada em resgates aéreos porque o espaço é muito estreito e essa maca de isolamento é preparada. Temos quatro dessas no Estado, que estão na capital, mas uma delas deve ficar na região por conta da temporada", disse.
Objetivo
O objetivo foi colocar em prática o protocolo elaborado para essa situação, servindo como treinamento das instituições envolvidas, em condições que simulam um caso real. O simulado foi promovido pelo Ministério da Saúde, a Secretaria de Portos da Presidência da República (Sep/PR) e a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), além da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em parceria com outras 12 instituições. Ao todo, mais de 150 pessoas participaram da simulação.
A ação contemplou os passos que devem ser adotados sobre um caso suspeito de Ebola, desde o aviso do comandante da embarcação à Agência de Navegação até a retirada do paciente do navio pelo Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências (GRAU) e do monitoramento dos viajantes contactantes.
Todos os agentes envolvidos utilizaram o equipamento de proteção. Após a remoção do tripulante infectado, houve a limpeza e a descontaminação do navio.



Fonte: Agência Saúde / Jornal a Tribuna / G1 / TV Tribuna
Edição: Portal Segurança Portuária Em Foco











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