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terça-feira, 7 de abril de 2015

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COMBATE A INCÊNDIO NA ALEMOA ENTRA NO SEXTO DIA



Bombeiros ainda não utilizaram o produto "cold fire", pois a quantidade adquirida é insuficiente.
O incêndio em tanques de combustíveis da empresa Ultracargo, na Alemoa, em Santos, entrou no sexto dia nesta terça-feira (7). Já são 118 horas ininterruptas de combate ao fogo.
De acordo com a última atualização do Corpo de Bombeiros, as chamas se concentram em apenas um tanque, mas o fogo ainda não está totalmente controlado, pois existe o risco de o incêndio voltar a se alastrar. Um segundo tanque, que está com rachaduras e vazamentos, tem fogo nas tubulações. Os diques de contenção, por vezes, espalham as chamas.
Os bombeiros voltaram a usar a estratégia de não atacar diretamente o incêndio. No momento, o objetivo é resfriar os demais toneis.
O produto importado que seria mais potente do que o Líquido Gerador de Espumas (LGE) e que era a esperança para acabar de vez com o incêndio nos tanques da Ultracargo ainda não está sendo usado na manhã desta terça-feira.
Segundo o capitão Marcos Palumbo, do Corpo de Bombeiros, chegaram à Alemoa quatro mil litros do cold fire (fogo gelado, em tradução livre). A quantia seria insuficiente para iniciar a operação isoladamente. Mais deste produto deverá chegar a Santos durante o dia.
Em apenas 24 horas de combate ao incêndio foram consumidos 50 mil litros de LGE, o mesmo produto usado desde os primeiros minutos do trabalho das equipes de bombeiros e brigadistas.
Palumbo explica que recebeu mais espuma durante toda a madrugada. Enquanto isso, o resfriamento dos tanques tem sido mantido para evitar que o fogo se alastre.
“Vamos concentrar todos os equipamentos que chegarem para traçar nova estratégia. O ataque deve ser cirúrgico, porque os materiais devem ser inseridos ao mesmo tempo no tanque em chamas. Se usarmos agora vamos desperdiçar o que temos”.
Pó químico
Além do cold fire, importado pela Ultracargo por indicação do Gabinete de Integração criado pelas autoridades municipais e estaduais para definir ações emergenciais, os bombeiros deverão iniciar a aplicação de um pó químico seco cedido pela Infraero
“(O pó) é semelhante ao extintor utilizado em veículo, só que vem num veículo de grande porte, que lança o produto a dezenas de metros. É utilizado para combater incêndios em aviões e aeroportos”, explicou Daniel Onias, coordenador da Defesa Civil de Santos.
Operação especial para saída de caminhões da Cidade
Um dia após limitar a entrada de caminhões com destino à Margem Direita do Porto (Santos) no Município, o gabinete que trabalha para diminuir os impactos do incêndio que atinge tanques da Ultracargo, na Alemoa, endureceu ainda mais a restrição, proibindo a entrada de qualquer tipo de caminhão em Santos.
A Companhia de Engenharia e Trafego (CET) adotou algumas medidas para melhorar a fluidez do trânsito que segue com destino ao Centro e ao Porto. A R. Cristiano Otoni teve uma das mãos de direção invertida, deixando a via em mão única (sentido Visconde de São Leopoldo/Cais).
O elevado ganhou uma faixa reversível nos horários de pico, ou seja, a ponte que desce em direção aos bairros ficou em meia pista, possibilitando que mais veículos subissem para o Centro. Apenas ontem os semáforos existentes entre a Entrada da Cidade e o Terminal do Valongo foram desligados, sendo o fluxo controlados pelos agentes de trânsito. Também nesta segunda, a CET  bloqueou o retorno que fica na altura do cemitério do Saboó para garantir a fluidez.
Preservar o tráfego
A medida foi anunciada na segunda-feira (6), durante entrevista coletiva no gabinete integrado para gestão da operação, na Prefeitura. “É justamente para que a gente possa preservar o tráfego de veículos e ônibus para que o santista possa voltar à vida normal”, afirma Barbosa.
A Polícia Rodoviária e a Agência Reguladora de Transporte do Estado (Artesp) também organizaram bloqueios em trechos do Sistema Anchieta-Imigrantes (com o auxílio da Ecovias, concessionária do Sistema) e em outras vias, como a Rodovia dos Bandeirantes, Dutra, Ayrton Senna e Rodoanel.
“Só vamos permitir caminhões de medicamento, alimentos perecíveis. Eles serão escoltados pela Polícia Militar. Esses caminhões não representam nem 7% do total. Os outros retornarão”, acrescentou o secretário de Segurança pública, Alexandre de Moraes. Ao término da entrevista coletiva, não ficou claro por quanto tempo a medida deve ser levada adiante. O prefeito de Santos afirma que ela “está mantida até que o incêndio seja extinto e o Porto volte a operar normalmente”.
Para ele, os técnicos estão avaliando, mas existiria ainda muito combustível em um dos tanques incendiados. “A perspectiva é que nos próximos dias a gente ainda tenha esse incêndio. Depois dele temo rescaldo, o resfriamento”, diz.
Tensão
Um dos momentos que geraram maior animosidade durante a entrevista foi o questionamento ao prefeito acerca dos possíveis prejuízos às empresas que operam no perímetro portuário. “Estou preocupado com a população. Quem tem que cuidar do prejuízo do Porto é a autoridade portuária. A população já foi altamente prejudicada com esse incêndio e com as consequências para a nossa Cidade. A minha responsabilidade é essa”, enfatizou Barbosa.
Qualidade do ar

Um novo boletim divulgado pela Prefeitura de Santos nesta terça-feira (7) informou que, apesar da fumaça preta do incêndio, que atinge o terminal da Ultracargo, da Alemoa, desde a manhã da última quinta-feira (2), a qualidade do ar no Município está dentro dos padrões. A avaliação da Cetesb é feita com base em seu equipamento e no aparelho do Exército, o Siges.
De acordo com informações do general de brigada e comandante da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea do Exército, João Chalella Junior, o Siges usa infravermelho para identificar possíveis gases tóxicos e tem alcance de cinco quilômetros. O equipamento está instalado no viaduto da Alemoa e não detectou, até o momento, nada de anormal.
Já a Estação Telemétrica da Cetesb, instalada, provisoriamente, no Jardim Botânico Chico Mendes, só constatou a presença de fuligem proveniente da queima de combustível. César Valente afirmou que a chuva ajudou a dispersar essas partículas na atmosfera.
O gerente da Cetesb revelou que foram recolhidos alguns peixes que apareceram mortos no Rio Casqueiro e coletadas amostras de água em cinco pontos diferentes. Todo material foi para análise para verificar a causa da morte dos pescados e se o incêndio alterou a composição química da água do rio.


Fonte: Jornal A Tribuna

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