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segunda-feira, 18 de maio de 2015

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OPERAÇÃO DA PF PRENDE MILITARES DA MARINHA


Operação “Inocentes” ocorreu no Amazonas, Pará e Rio de Janeiro (Reprodução/TV A Crítica)

Ação foi realizada nos estados do Amazonas, Pará e Rio de Janeiro.
Quadrilha cometia crimes contra a Capitania dos Portos de Manaus
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A Polícia Federal do Amazonas deflagrou, na manhã da última terça-feira (12), a “Operação Inocentes", com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada na prática de crimes a partir de serviços fraudulentos contra a Capitania dos Portos de Manaus.
Segundo o órgão, o grupo cometia, entre outros delitos, tráfico de influência, corrupção, falsificação de Cadernetas de Inscrição e Registro (CIR) e documentos emitidos pela Marinha. Além do Amazonas, a ação ocorreu nos estados do Rio de Janeiro e Pará, com o cumprimento de 24 mandados de prisão preventiva (dentre eles, oito militares), sete mandados de busca e apreensão e 12 conduções coercitivas.
De acordo com Marcelo Rezende, superintendente da PF no Amazonas, dezenove pessoas foram presas, entre elas oito militares da Marinha. Foram 17 presos em Manaus, um na cidade do Rio de Janeiro e um em Itacoatiara. Segundo o superintendente da PF, Marcelo Resende, o esquema funcionava dentro da Marinha desde 2001, e mais de 80 CIRs teriam sido emitidas e vendidas irregularmente, nesses 14 anos, pelos integrantes da quadrilha, formada por despachantes, militares, empresários e donos de barcos.
Segundo a PF, a pedido do órgão foi decretado o sequestro de bens e valores dos suspeitos no valor aproximado de R$ 2,4 milhões, além da suspensão da licença de oito embarcações.
O delegado de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) da Polícia Federal, Franco Perozzoni informou que as investigações iniciaram há sete meses, depois de terem recebido denúncias da Marinha. Segundo ele, as informações davam conta da apreensão de documentação falsa com marítimos. Os documentos foram apreendidos durante fiscalizações na sede da Capitania dos Portos e no meio dos rios da Amazônia. A partir desses dados, a Polícia Federal conseguiu identificar um grupo de despachantes que atuava na falsificação e comércio ilegal desse tipo de documento.
Apesar de parte das denuncias terem sido oficializadas pela Marinha, de acordo com o delegado Franco, o comando não sabia do envolvimento dos militares do esquema. Atualmente, segundo o superintendente, tramitam na PF, 68 inquéritos para investigar as denúncias. 
Operação “Inocentes” ocorreu no Amazonas, Pará e Rio de Janeiro (Reprodução/TV A Crítica)
“Muitos desses despachantes cooptavam os marítimos no meio da rua e ofereciam todo tipo de documentação. Muitos desses documentos apresentavam erros grotescos que quem entende saberia identificar a falsificação. Outros marítimos, mesmo sem escolaridade nenhuma, obtinham autorização para navegar”, destacou Maceiras.
A quadrilha falsificava a categoria e a qualificação dos profissionais aquaviários. Em alguns casos, segundo a PF, o grupo emitia até certificado de conclusão de Ensino Médio. Conforme as investigações, muitos aquaviários podem estar exercendo a profissão ilegalmente, já que a quadrilha era formada por pessoas que também atuavam nas fiscalizações às embarcações.
De acordo com a Polícia Federal, o grupo cobrava entre R$ 600 e R$ 1.200 pelos documentos. "Cheguei a entrevistar pessoas analfabetas. As carteiras falsas podem ser identificadas facilmente na Capitania. Isso nos levou a verificar, durante as investigações, que havia um esquema de corrupção desde os despachantes até a fiscalização. É um grupo reduzido de militares, se consideramos o número de militares existentes na Marinha", afirmou Maceiras.
A PF acredita que o aliciamento era feito de pessoa para pessoa. A quadrilha chegava a promover um curso - não previsto na legislação - para que o aquaviário pudesse mudar de categoria. "Há militares, despachantes e proprietários de embarcações", disse o delegado Marceiras.
A polícia não soube informar quanto a quadrilha chegou a arrecadar com o esquema, mas destacou que já atuava desde 2001, em Manaus. Todos os envolvidos foram autuados por organização criminosa, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva. Um dos presos foi autuado, ainda, por porte ilegal de armas.
“As investigações continuam porque temos a convicção de que outras pessoas estão envolvidas no esquema”, afirmou Maceiras. Segundo Comando Naval do AM, militares ficarão à disposição da Justiça.              

O nome da operação faz alusão ao fato de que uma boa parte dos escritórios desses Despachantes se localizava nas proximidades da Capitania dos Portos, na Rua dos Inocentes.


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