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quarta-feira, 9 de maio de 2018

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HELICÓPTERO UTILIZADO PARA TRANSPORTAR DROGAS PARA ITAJAÍ E SANTOS É APREENDIDO




Três pessoas, que seriam os pilotos, foram presas no mesmo local em que estava o helicóptero e devem responder por tráfico de drogas e participação em organização criminosa

Um helicóptero utilizado para transportar drogas foi apreendido no dia 25 de abril em um hangar de Arujá, município da região metropolitana de São Paulo. De acordo com informações da TV Globo, a aeronave era utilizada para levar cocaína para os portos de Itajaí e Santos.
A Polícia Civil disse que encontrou vestígios de cocaína no interior do helicóptero, que seria utilizado para tráfico de drogas. Os agentes apuram se uma facção criminosa seria responsável pelas 56 viagens realizadas pela aeronave desde 17 de abril, todas completadas sem o plano de voo — exigência que garante controle e segurança aérea.
Três pessoas, que seriam os pilotos, foram presas no mesmo local em que estava o helicóptero. Rogério Almeida Antunes, Leandro Almeida Antunes e William Costa de Laia devem responder por tráfico de drogas e participação em organização criminosa.
Rogério já havia sido preso em 2013, quando pilotava um helicóptero que pertencia a uma empresa do então deputado estadual Gustavo Perrella (MG) e que estava carregado com mais de 400 quilos de cocaína. Ele foi condenado pela Justiça, mas está em liberdade recorrendo em 2ª instância.
De acordo com as informações da Folha da Região, a investigação que terminou nas prisões teve início em novembro passado, em uma ação que tinha como alvo o traficante Gegê do Mangue, apontado como principal líder do PCC em liberdade, assassinado no Ceará em fevereiro a mando, segundo a polícia, de outra liderança do grupo, Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, com o aval do líder máximo, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.
Segundo o delegado seccional de São Bernardo do Campo, Aldo Galeano, responsável pela operação, uma investigação em andamento na cidade do ABC, ainda no ano passado, que terminou com a apreensão de 600 quilos de cocaína que iriam para o porto de Santos, acabou por identificar, durante escutas telefônicas, que Gegê se preparava para viajar para o nordeste do País. A apuração foi que o traficante usaria o helicóptero apreendido nesta quinta e a aeronave passou a ser monitorada -- segundo o delegado, a partir dos hangares em que os pilotos costumavam usar para sua manutenção. Gegê, entretanto, usou outra aeronave para a viagem.
"Até aquele momento, não sabíamos da rixa dele com o restante da facção", diz Galeano. As apurações terminaram após o assassinato de Gegê, quando ele e outro integrante da  quadrilha, Fabiano Alves de Souza, o Paca, foram mortos a tiros.
Entretanto, entre novembro passado e anteontem, o helicóptero havia desaparecido do monitoramento policial. "A aeronave foi para o Mato Grosso do Sul e, de lá, para o Paraguai. Pelos registros, pudemos identificar 50 horas de voo dela no País", continua o delegado. Nesta quinta, ao receberem a informação de que o helicóptero havia retornado, os policiais foram até o Hangar.
Prisões

Rogério Almeida Antunes (Foto: Site Brasil 247)

Rogério Almeida Antunes, o piloto de Perrella, estava acompanhado de seu irmão, Leonardo Almeida Antunes, e de outro piloto, Luís Paulo Mattar Pereira. "Ele (Rogério) ia dar instruções de voo para os outros dois, ensinar eles a voar baixo para ficar fora da detecção dos radares", afirma Galeano.
A polícia terminou por concluir que o ex-deputado Perrella, que hoje é diretor de Desenvolvimento de Projetos na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), não tinha nenhuma ligação com as atividades criminosas praticadas por seu piloto.
Helicóptero
O helicóptero, ainda de acordo com o delegado, pertencia a Felipe Ramos de Morais, um prestador de serviços do PCC, de acordo com Galeano. "Ele era responsável por toda a logística aérea da quadrilha, na ligação entre as drogas do Paraguai e São Paulo", diz. "Foi ele o responsável por conseguir o helicóptero que Gegê terminou usando", afirma.
Morais, que segundo o delegado já é foragido da Justiça pela morte de Gegê, usaria um laranja, Fabio Pinheiro de Andrade Alvani, para adquirir aeronaves. "Já apreendemos três helicópteros dele", afirma -- além do desta quinta e daquele que levou Gegê, houve ainda uma aeronave apreendida ainda no ano passado, em São Caetano do Sul.
Alvani teria adquirido o helicóptero de uma empresa de participações que também é investigada. As três aeronaves apreendidas já haviam sido compradas e vendidas pela empresa. A polícia suspeita que a própria venda das aeronaves, feita por valores acima dos de mercado, fossem operações para lavagem de dinheiro. Alvani ainda é investigado, mas a polícia não fez ainda pedidos para sua prisão.
"O negócio do Gegê no Paraguai se tornou muito lucrativo. Isso criou um problema para eles (os traficantes). Eles tinham de encontrar formas de enviar para o Brasil o dinheiro arrecadado. O que vamos fazer agora é investigar como o dinheiro vinha sendo lavado", conclui Galeano.
A reportagem não conseguiu localizar defensores nem dos homens presos nem de Morais e Alvani.
De acordo com o site G1 a aeronave está registrada no nome de um homem chamado Fábio, que ainda não foi localizado. O helicóptero chegou na terça-feira a Arujá para uma manutenção numa oficina.
56 horas de voo sem comunicados à Aeronáutica
O delegado titular da Dise contou que o helicóptero vinha sendo investigado desde janeiro deste por suspeita de uso para o transporte de drogas. Foram achados vários vestígios de cocaína no interior da aeronave. Segundo a polícia, o helicóptero voou mais de 56 horas sem plano de voo, ou seja, sem que a Aeronáutica fosse avisada, o que para a polícia indica envolvimento com atividade ilícita.
O delegado também contou que o helicóptero, que foi levado para o hangar da Polícia Civil, está com marcas na parte dianteira que indicam que ele vinha voando baixo, "rente ao solo, a cento e poucos metros do solo", para evitar que fosse localizado por radares.
A polícia acredita que a aeronave deixaria a capital paulista em direção a Americana, no interior do estado, para depois seguir para Paranaíba, cidade do Mato Grosso do Sul na divisa com São Paulo, ou para Santa Catarina.
Aeronave em manutenção
Segundo Aldo Galiano, delegado Seccional de São Bernardo do Campo, a aeronave com prefixo PP-MAU foi apreendida quando estava em oficina de manutenção. "A gente estava monitorando as oficinas. Vamos investigar a lavagem de dinheiro. Os criminosos abriam contas em nomes de outras pessoas, compravam bens com dinheiro do crime."
A apreensão ocorreu dentro de uma escola de pilotagem. Os três homens presos fora levados para a sede da Dise de São Bernardo do Campo. Não foi apreendida droga ou arma no local.
"Eles tiraram os bancos traseiros do helicóptero e instalaram duas bombas elétricas ligadas ao tanque da aeronave para aumentar a autonomia de voo. Isso é típico de aeronave usada para o tráfico", disse Galiano.
Segundo a Dise, exame preliminar feito por peritos no helicóptero comprova que há vestígios de cocaína em "toda a aeronave" e, por essa razão, os presos devem ser indiciados por associação ao tráfico de drogas e organização criminosa.


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