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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

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APÓS OCUPAÇÃO DE NAVIO, ESTIVADORES PARALISAM O PORTO POR DUAS HORAS


Trabalhadores reclamam que navios estão operando com mão de obra estrangeira (Foto: Alberto Marques)
Greve, inicialmente restrita a três terminais, afetou todas as operações de embarque e desembarque nesta tarde

Inicialmente restrita a três terminais portuários, a greve dos estivadores atingiu todo o Porto de Santos, por duas horas, na tarde desta quinta-feira (22). A paralisação ocorreu entre 13h30 e 15h30, afetando todas as operações de embarque e desembarque em navios de cargas gerais, líquidas, granéis e outros tipos de produtos na margem esquerda e direita do Porto.
A greve geral ocorre após a detenção de oito estivadores, na manhã de hoje. O grupo foi levado à sede da Polícia Federal após a ocupação de um navio atracado em um dos terminais da empresa Libra, na Ponta da Praia.
De acordo com o apurado, sete dos detidos já estavam a bordo da embarcação. O oitavo foi detido em terra, na instalação portuária. A pena ocasiona reclusão de 1 a 3 anos, além de multa. Eles poderão responder em liberdade se for paga a fiança total de R$ 12 mil, calculada a partir dos antecedentes criminais de cada  estivador.
O protesto, a bordo do navio Ocean Blue, começou às 8 horas e impediu que a embarcação operasse carga e descarga no início do dia, com mão de obra própria.
Após a paralisação geral no Porto de Santos, outras duas manifestações serão realizadas em frente aos terminais de contêineres da Santos Brasil, Libra e BTP.
Trabalhadores reclamam que navios estão operando com mão de obra estrangeira (Foto: Alberto Marques)
De acordo com informações do presidente do sindicato, Rodnei Oliveira da Silva, o Nei, as empresas portuárias utilizam mão de obra estrangeira, como tripulantes dos navios, para os serviços de estivagem. Ele afirma que esperava que a Libra, com seu primeiro navio programado para hoje, não agisse da mesma maneira. “Para evitar prejuízos com a nossa greve, as empresas submetem homens a condições altamente perigosas, numa lógica avarenta e desumana”, pondera o presidente do sindicato, que explica que uma medida liminar judicial proíbe a utilização de mão de obra estranha à estiva nas atividades e lamenta que as empresas desrespeitem as autoridades.
“Os terminais não respeitam a justiça, o ministério do trabalho e não temem sequer a polícia federal, que vêm acompanhando de perto o problema e exigindo providências”.

Estivadores ocuparam o navio (Foto: Renan Fiuza/G1)
Sindicato
Em nota, o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) repudiou as invasões aos terminais portuários e embarcações coordenadas pelo Sindicato dos Estivadores de Santos e região (Sindestiva). E disse que é inverídico o argumento do Sindestiva de ‘repúdio às empresas de contêineres por utilizar mão de obra estrangeira’. O Sopesp reitera que os terminais não contratam mão de obra estrangeira.
Ainda complementou que os trabalhos relacionados à movimentação de contêineres nos navios são 80% automatizados, e, desde que iniciada a greve, nesta segunda-feira (19), as peações e despeações nos navios são realizadas por um pequeno contingente de trabalhadores vinculados.
Com relação aos pleitos da categoria, ressaltou que as empresas aceitaram a proposta de conciliação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) para reajuste salarial de 10%, retroativo à março (data-base da categoria), e VR de R$30,00 para os trabalhadores avulsos. As empresas portuárias lamentaram a insistência do Sindestiva em descumprir a decisão judicial proferido no acórdão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que prevê a realização de 33,33% de suas operações com avulsos e de 66,66% com vinculados e em vigor desde 01/7/2016.



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