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LEGISLAÇÕES

segunda-feira, 10 de maio de 2021

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GUARDA PORTUÁRIO É REELEITO PARA O CONSELHO DA CDP

 

Trabalhadores da Companhia Docas do Pará reconheceram o trabalho de Cileno Borges a frente do Consad

Na última sexta-feira (07), Cileno Borges foi reeleito para o Conselho de Administração (CONSAD), da Companhia Docas do Pará (CDP), que administra os portos públicos daquele estado.

Cileno foi eleito com 163 votos, enquanto o seu adversário teve 160 votos. Houve ainda 4 votos em branco e 4 votos nulos, totalizando 331 votos.

A maioria dos trabalhadores da CDP reconheceram o trabalho de Cileno Borges a frente do Consad, que foi pautado por ética, honestidade e transparência.

Currículos

O currículo dos candidatos foi um tema bastante discutido nessa eleição, Jonas Melo tem bacharelado em Direito pela Universidade Estácio de Sá e pós-graduação com mestrando em Direito e Negócios Internacionais pela Universidad Europea del Atlántico. Trazia em seu currículo a passagem como presidente do Sindicato dos Guardas Portuários do Pará e Amapá (Sindiguapor) e pelo Conselho de Autoridade Portuária (CAP), além de já ter sido administrador do Terminal Químico de Miramar (Tequimar).

Cileno Santos Borges é graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará. Formado pela Conportos como Supervisor de Segurança Portuária, já exerceu essa função no Porto de Vila do Conde e no Terminal de Outeiro. Em 2009, após eleição realizada pelo Sindiporto, foi por dois anos, representante dos trabalhadores no Conselho de Autoridade Portuária (CAP).

Além do mandato a frente do próprio Consad, consta no seu currículo a sua longa trajetória de lutas, participando ativamente de todas as manifestações, além de vários questionamentos junto ao Ministério Público, reivindicando a intervenção daquele órgão em assuntos de interesse dos direitos dos trabalhadores.

Corpo a corpo

A campanha foi intensa, e o corpo a corpo foi primordial para a vitória de Cileno. Ele compareceu em vários locais da empresa, como no Porto de Vila do Conde (PVC), podendo esclarecer aos trabalhadores o papel do conselheiro no Consad.

O conselheiro não pode negociar, ou mesmo barganhar o seu voto, ele não pode utilizar o seu cargo no Conselho para realizar a política do toma lá dá cá, não pode negociar cargos ou favores pessoais em troca do seu voto.

Segundo Cileno, cabe ao conselheiro ler e analisar todos os processos que passam pelo Conselho, fiscalizando os atos dos membros da diretoria, votando com ética e honestidade, para o que for melhor para os trabalhadores e para a empresa, expondo os erros e irregularidades que constatar, exercendo o seu voto dentro dos parâmetros da lei.

“O importante é poder chegar em casa à noite e deitar a cabeça no travesseiro com a minha consciência tranquila”, disse Cileno.

Sindicalista abandonou o cargo

Na eleição anterior Cileno foi eleito após uma denúncia no Ministério Público (MP) de que o cargo do representante dos trabalhadores no Consad estava vago.

O técnico portuário Marcio Costa de Souza, que ocupava o cargo no Conselho desde abril de 2014, após ter sido eleito presidente do Sindicato dos Portuários do Pará e Amapá (Sindiporto) apresentou a sua carta de renúncia na reunião do CONSAD, realizada em 29 de maio de 2017, para assumir o cargo comissionado de Gerente de Gestão Estratégica (GEGEST) da CDP.

Em 2014, durante a eleição para a presidência do Sindiporto, a chapa que Marcio encabeçava prometeu dentre outras coisas, promover eleição para o cargo de representante dos trabalhadores no CONSAD. Porém, depois de assumir, a diretoria do sindicato que também fazia parte do CAP – Conselho de Autoridade Portuária - indicou o presidente da própria entidade de classe ao CONSAD, não promovendo a eleição.

Lobo solitário

Tem um provérbio italiano que diz: “O Tigre e o leão podem ser os mais fortes, mas o lobo não trabalha para o circo”. Nós sicilianos somos lobos, lutamos por nossa alcateia, nunca nos curvamos por mais forte que seja o inimigo, calmamente nós o cercamos, nossa união retira nossa momentânea desvantagem, e logo nosso inimigo está no chão a ser dilacerado, e aquilo que era forte e amedrontador virou nosso alimento.

Apesar de ter dado total atenção aos sindicatos durante o seu mandato, Cileno fez a sua campnha sem o apoio de nenhuma entidade. Diferente do seu adversário, que era supostamente apoiado pela diretoria e comissionados extra quadtro da empresa, ele é o que se pode dizer, um “lobo solitário”, as suas lutas, mesmo coletivas, são exercidas individualmente, dentro do que acredita ser ético e profissional.

A virada

No primeiro turno Cileno acabou em segundo lugar 109 votos, Jonas terminou em primeiro com 121 votos e Madson teve 75. Houve ainda 07 votos em branco e 2 nulos.

Todos acreditavam que a grande maioria dos votos do Madson, que disputou a eleição anterior e havia sido derrotado pelo Cileno iriam para o Jonas.

No segundo turno, além dos 75 votos do Madson, entraram em jogo mais 17 votos de pessoas que não tinham votado. Desses votos Cileno tirou a diferença de 12 votos no 1º turno e ainda aumentou 3 votos, agregando 15 votos a mais que o Jonas. Ele aumentou 54, enquanto o Jonas aumentou 39 (54 – 39 = 15).

A maioria das pessoas que votaram no 2º turno e não votaram no 1º turno eram de pessoas afastadas, e supostamente podem ter votado no Cileno. Entre eles, um casal que veio de outra cidade para minutos antes do término da votação, votar nele.

No entanto, o corpo a corpo foi fundamental, nesse trabalho junto ao eleitorado Cileno pode demonstrar a diferença nas propostas de trabalho dos candidatos, que preferiram continuar com o candidato “conhecido”, do que se aventurar com um “desconhecido”.


Durante toda a apuração Cileno estava atrás, até a última urna ser aberta no Edifício Sede, Jonas tinha 4 votos de vantagem, a virada ocorreu só no fim.


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Um comentário:

  1. Vai ser muito dificil aparecer um outro cara IGUAL ao Cileno, quisera tivessemos mais iguais a ele na cdp e mesmo em outras docas.
    DE luta, de coragem e que janais SE vende e se curva aos favores da empresa e que realmente defende seus companheiros de luta.

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