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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

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PF DEFLAGRA OPERAÇÃO CHAPA BRANCA PARA DESMANTELAR ORCRIM QUE ENVIAVA DROGA PARA A EUROPA

 

Organização criminosa utilizava os portos de Santos (SP), Paranaguá (PR) e Vitória (ES) para enviar a droga para a Europa

A Polícia Federal (PF) deflagrou na última terça-feira (14), a Operação Chapa Branca, com o objetivo de obter novos elementos de prova para desmantelar organização criminosa dedicada ao tráfico internacional de drogas que utilizava os portos os portos de Santos (SP), Paranaguá (PR) e Vitória (ES) para enviar grande quantidade de cocaína para a Europa, em uma delas foi ocultada em pisos de mármore e granito.

Na Operação a PF cumpriu cinco mandados de prisão preventiva e 14 de busca em endereços em cinco Estados, sendo sete no Paraná, três em São Paulo, dois em Santa Catarina e os outros dois em Pernambuco e Espírito Santo. Além de armas, munições e documentos, foram apreendidos vários automóveis e motos de alto valor.


Em Santa Catarina, foram duas motos e uma BMW. Já em São Paulo, foi um Porsche e um Jeep Renegade.

Prisão

Durante a operação, a PF prendeu preventivamente em uma casa que fica em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, um empresário do ramo de café, conhecido como "Financeiro", apontado como um membro importante da organização criminosa (ORCRIM). 


Na casa dele foram encontrados armas, munições e veículos. O nome do empresário não foi divulgado.

O delegado Victor dos Santos Baptista explicou ele tinha ligação com a parte financeira do grupo criminoso. A descoberta de quem era o homem começou a partir das investigações sobre 892 kg de cocaína descobertos em sacas de café, no Porto de Santos, no estado de São Paulo, em março de 2022.

Segundo o delegado, as investigações mostraram ainda que ele participou da tentativa de envio de cocaína à Europa, escondendo o material em chapas de granito. Os 350kg da mesma droga foram apreendidos em 6 de outubro de 2021, em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo.

“Ele tinha, de alguma forma, uma participação gerencial na empresa que participou da exportação da droga apreendida em Santos. Ele também participou diretamente da ação em Cachoeiro”, falou Baptista.

Além do Espírito Santo, os mandados de prisão preventiva no âmbito da operação foram cumpridos nos Estados de São Paulo, Pernambuco e Paraná. O quinto cumprimento do tipo acontece na Hungria.

Com as medidas cumpridas nesta operação, a PF considera que todos os envolvidos no envio da carga apreendida em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, em outubro de 2021, foram identificados e, agora, seguirão à disposição da Justiça Federal para responderem ao processo criminal.

Os investigados poderão responder pela prática de associação para o tráfico, tráfico internacional e interestadual de drogas e, eventualmente, pela lavagem de dinheiro. Se condenados, as penas aplicadas podem ultrapassar 30 anos de prisão para cada.

Investigação

Conforme a PF, a investigação começou em outubro de 2021, quando a Polícia Civil do Espírito Santo apreendeu 350 kg de cocaína que eram descarregados de um caminhão em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado e seriam ocultados em uma carga de chapas de granito branco - daí o nome da operação - para serem exportados à Europa.

Naquela ocasião foi preso em flagrante um empresário e um ex-policial. O motorista do caminhão conseguiu fugir, mas foi capturado em São Paulo. Como se tratava de tráfico internacional, a investigação passou a ser feita pela PF.

Desde então, foram estabelecidas parcerias com a Receita Federal do Brasil (RFB) e com agências policiais dos Estados Unidos e da Europa, para obter provas que pudessem ajudar a determinar os demais envolvidos na exportação criminosa de drogas.

Rota do Tráfico

No decorrer das investigações, foi verificado que a droga era adquirida na Bolívia e seguiria para o Porto de Le Havre, na França, de onde seria distribuída para outros países da Europa.

"Escobar brasileiro"

Em território nacional, a rota estava sob o controle do o ex-major da Polícia Militar do Mato Grosso, Sérgio Roberto de Carvalho, chamado de "Escobar brasileiro", considerado então um dos maiores narcotraficantes do mundo. Preso em 2022 na Hungria pela PF do Brasil em parceria com a polícia de Portugal, ele é investigado em vários países pelo envio de toneladas de cocaína a partir de portos brasileiros, especialmente o Porto de Santos e o Porto de Paranaguá.

Com o aumento da repressão ao tráfico nesses portos, segundo a PF, ele tentava colocar o Espírito Santo como alternativa para os embarques. Só no ano passado a quadrilha organizada por ele teria enviado 16 toneladas de cocaína para a Europa.

No fim de junho de 2022, Carvalho foi preso em um restaurante, na Hungria. Ele estava com um passaporte mexicano falso e tentou se passar por outra pessoa, mas seus dados e fotos já estavam na Interpol, a polícia internacional. A prisão do chefe ajudou a PF a fechar o cerco à quadrilha e ao esquema de remessas de cocaína do Brasil para a Europa.


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