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quarta-feira, 10 de julho de 2024

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TONELADA DE URÂNIO É TRANSPORTADA EM 'OPERAÇÃO DE GUERRA' DO PORTO DO RIO PARA RESENDE


Marinha e polícias Militar e Rodoviária Federal e Guarda Portuária fizeram parte da ação que recebeu cerca de 500 varetas do material

Uma tonelada de urânio desembarcou no Porto do Rio, no último dia 5 de junho, por meio de "uma operação de guerra" que contou com a participação da Marinha, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar. O material, importado pela empresa estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB), foi encaminhado para a Fábrica de Combustível Nuclear das Indústrias Nucleares do Brasil (FNC), em Resende, na Serra da Mantiqueira, para reabastecer o combustível das Usinas de Angra 1 e 2.

O produto é alvo de grupos terroristas e criminosos para a fabricação de armas nucleares ou dispositivos radiológicos, além de representar um grave risco ambiental, podendo causar contaminação do solo e da água, com um processo de descontaminação das áreas afetadas, sendo complexo, custoso e demorado.

Devido ao risco associado ao transporte, a Comissão Estadual de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis do Rio de Janeiro (CESPORTOS-RJ) determinou um nível mais elevado de proteção nas instalações da Zona Portuária. O conteúdo veio da Suécia e da Alemanha em dois contêineres no navio BBC PEARL.

Foi tomada uma série de medidas de reforço como o monitoramento 24 horas, sete dias por semana da operação e do perímetro. Houve aumento de vigilantes; foram implementadas barreiras até o costado; e foi reforçado o controle de acesso ao terminal.

Antes da chegada da embarcação, barcos da Marinha do Brasil realizaram uma varredura do canal. O Núcleo Especial de Polícia Marítima da Polícia Federal (NEPOM/PF) realizou a escolta e segurança aproximada do navio até a chegada a porto. Toda a operação de descarga foi acompanhada pela Guarda Portuária (GPort).

Já o transporte da carga foi feito por meio de um comboio de escolta. Foram usados no esquema de segurança: duas viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF), um carro do Comando Operacional Tático da Polícia Federal, duas carretas com a carga e um veículo de apoio.

De acordo o estatal, o urânio foi distribuído em cerca de 500 varetas. As pastilhas são empilhadas em varetas de uma conexão resistente, o zircaloy. O conjunto delas é mantido rigidamente com o uso de grades.

Fonte: O Globo — Rio de Janeiro


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