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segunda-feira, 23 de setembro de 2019

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CHANTAGEM NO PORTO: CLANDESTINO PEDIU US$ 4 MIL PARA DEIXAR PARANAGUÁ



Essa prática criminosa é comum nos portos brasileiros, mas são ignoradas por parte da imprensa e por autoridades.
Outro africano clandestino tentou agarrar a camareira do hotel Sultan e teve que ser transferido. As despesas milionárias de clandestinos ficam por conta das agências marítimas, constantemente chantageadas em um silêncio sepulcral de parte da mídia e das autoridades.
Um dos clandestinos resgatados pela Polícia Federal no Porto de Paranaguá, que viajaram no casco de um navio de bandeira de Hong Kong, pediu US$ 4 mil para deixar o Brasil. O pedido foi feito para a agência marítima, ligada a Bunge, responsável pelo navio. A informação foi apurada neste sábado por fontes ligadas ao armador do navio.
Essa prática criminosa é comum nos portos brasileiros, mas são ignoradas por parte da imprensa e por autoridades, que evitam falar sobre o assunto, mas se tornou um mercado para jovens africanos que se tornaram profissionais em ser clandestino.
Na prática, eles deixam o país em direção ao Brasil, se aproveitando em brechas na lei, que praticamente obrigam o armador do navio a bancar as despesas dos clandestinos que ficam em bons hotéis, com direito a suco de laranja, mamão cortadinho e pão de queijo. A reportagem apurou com as agências marítimas que um clandestino chega a custar U$ 100 mil, teve um caso que o custo ultrapassou R$ 1 milhão.
Um fato inusitado foi protagonizado por Ondobo Wilfred Happy, em 2012, que acusou 16 marinheiros turcos de terem o jogado no mar. Após a reportagem descobrir que Ondobo estava mentindo e ter pedido dinheiro para conceder entrevista a este jornalista, á época como correspondente da Gazeta do Povo no litoral, a informação foi chave para que os marinheiros fossem absolvidos. Eles foram defendidos pelo advogado Giordano Vilarinho Reinert, um dos mais capacitados nesse tipo de casos no Brasil.
As chantagens recorrentes nos portos brasileiros por clandestinos profissionais precisa ser um assunto amplamente discutido para a legislação seja alterada e aqueles que realmente precisam de refúgio, não sejam prejudicados por estes criminosos , que se utilizam dos Direitos Humanos para cometer crimes. É preciso separar o joio do trigo em um momento que há uma sobrecarga no Conare, sobretudo com a demanda de refugiados venezuelanos, que já são maioria na cidade de Pacarima, Roraima, que faz fronteira com a Venezuela.

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