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quarta-feira, 14 de outubro de 2020

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BOLIVIANO QUE EXPORTAVA DROGA PELO PORTO DE SANTOS É CONDENADO POR TRÁFICO

 

A importadora do entorpecente era a ’Ndrangheta – máfia com base na Calábria, no sul da Itália.

O boliviano Pedro Montenegro Paz, o Gordito, foi condenado a 11 anos e oito meses de reclusão, em regime inicial fechado, por tráfico e associação para o tráfico internacional de drogas. A sentença é da juíza Lisa Taumbemblatt, da 6ª Vara Criminal de Santos, que fixou regime inicial fechado e proibiu a possibilidade de o réu recorrer em liberdade.

A ação penal contra Gordito, considerado uma espécie de Pablo Escobar boliviano, teve como origem a apreensão de 61,6 KG de cocaína que eram transportados por um homem em Praia Grande, no dia 2 de agosto de 2013. Escondida no para-choque de um automóvel Ford Mondeo, a droga seria enviada de navio para a Europa pelo Porto de Santos.

Policiais federais já investigavam uma organização ligada ao tráfico internacional e descobriram o transporte da cocaína no compartimento secreto do carro. A negociação do entorpecente teve início em maio de 2013 e envolveu algumas pessoas. Porém, ela só se concretizou com a chegada de Gordito ao Brasil.

O boliviano desembarcou no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em 29 de julho de 2013. Ele se hospedou em um hotel desta cidade e, no dia seguinte, se dirigiu a Guarujá junto com um membro do bando.

A PF apurou que Gordito entregou neste município da Baixada Santista a cocaína apreendida em Praia Grande.

Preventiva       

Com a apuração da participação de Gordito no esquema, a Justiça Federal decretou a sua prisão preventiva. Porém, a sua captura só aconteceu no dia 2 de dezembro do ano passado, em Corumbá, município do Mato Grosso do Sul que faz divisa com a Bolívia.

A fronteira entre os países é seca e no lado estrangeiro fica o município de Puerto Suárez. Gordito portava documento falso no momento da prisão. A sua captura causou apreensão na Bolívia devido às suas ligações com pessoas ligadas à política e à alta cúpula policial daquele país. Esses vínculos resultaram, inclusive, nas prisões do chefe e de outros membros de um grupo policial especializado da cidade boliviana de Santa Cruz.

Devido ao seu papel de destaque na organização criminosa, Gordito foi incluído no Sistema Penitenciário Federal. Em suas alegações finais, o Ministério Público Federal (MPF) requereu a condenação do estrangeiro por tráfico e associação para o tráfico de drogas agravados pela transnacionalidade dos delitos.

A defesa de Gordito pleiteou a nulidade das interceptações telefônicas que revelaram a sua participação no esquema. Na hipótese de o pedido ser negado, requereu a absolvição por ausência de prova. Porém, a juíza federal Lisa Taumbemblatt reconheceu a existências de “provas seguras” para condenar o réu.

Organização italiana agia no Brasil para obter droga

A titular da 6ª Vara Federal de Santos observou na sentença que a Polícia Federal desencadeou uma série de ações após a polícia italiana informá-la sobre as atividades de uma organização criminosa estabelecida em São Paulo.

O grupo adquiria cocaína de países produtores, como Bolívia e Peru traziam para o Brasil e a despachavam à Europa. A importadora do entorpecente, ainda conforme os relatórios das autoridades estrangeiras, era a ’Ndrangheta – máfia com base na Calábria, no sul da Itália, mas que estendeu os seus tentáculos por todo o mundo.

No Brasil, a PF batizou as investigações de Operação Monte Pollino. Sobre as investigações da PF, além de considerá-las legais, Lisa observou que elas foram eficazes para identificar diversos envolvidos e desbaratar cerca de 25 eventos criminosos relacionados a delitos como tráfico de drogas, associação para o tráfico, financiamento/custeio dessas operações e evasão de divisas.

Consta da sentença que Gordito manteve vários diálogos com comparsas. As conversas demonstram “intimidade e camaradagem” entre os envolvidos. Ainda revelam “tempo prolongado de relacionamento entre eles nas sendas da negociação e importação/exportação de drogas”.

Fonte: Jornal A Tribuna


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