A droga estava escondida em uma carga de conversores catalíticos de automóveis. Duas pessoas foram presas
De acordo com um
comunicado publicado na última terça-feira (27) pela Agência Tributária Espanhola,
funcionários da Vigilancia Aduanera e da Agencia Tributaria, apreenderam em
Alicante, no lado leste do país, 170 kg de cocaína escondidos em uma carga de conversores
catalíticos de automóveis, em contêineres procedentes do Brasil.
Duas pessoas foram
presas suspeitos como responsáveis diretos pela operação logística na Espanha, sob
acusações de contrabando, violações de saúde pública e participação em organização
criminosa (Orcrim). O nome do navio e o porto de origem da carga não foram
divulgados
Investigação
A investigação teve
início no início de 2023, quando agentes da Sección de Contrabando de la Unidad Operativa de Vigilancia Aduanera
detectaram a importação de catalizadores de veículos procedentes de Brasil, com
destino final em Alicante, sobre os quais a Vigilância Aduaneira, pelo padrão
recorrente da importação, suspeitou de que poderiam estar contaminados com substâncias
entorpecentes.
Após a análise dos
dados sobre essas importações, o foco foi direcionado para uma das empresas
importadoras, devido a inconsistências significativas em sua atividade
econômica.
Assim, iniciou-se a
fase operacional da investigação, que levou à identificação dos membros da
suposta Orcrim na cidade de Callosa del Segura, em Alicante.
Esquema da Organização Criminosa
A operação entrou em
sua fase ativa após meses de vigilância e inteligência do Ministério Público. Os
investigadores identificaram a Orcrim alugava uma série de armazéns industriais
para empresas de fachada e havia conseguido importar diversos carregamentos de
catalisadores da América do Sul.
Os diretores e sócios dessas empresas também foram identificados como membros da Orcrim.
Acredita-se que esses indivíduos trabalhem para o líder da organização, cujo
paradeiro na América do Sul é desconhecido.
Localização da Droga
No início de abril
deste ano, foi detectada a chegada de um novo contêiner do Brasil. Os agentes
agendaram uma inspeção minuciosa.
A inspeção da
mercadoria, armazenada em grandes sacos contendo aproximadamente 100
catalisadores por saco foi realizada em 23 de abril. Foram utilizados meios
mecânicos para acessar o interior dos catalisadores e foi constatada a presença
de uma quantidade significativa de cocaína escondida em vários deles. Foram encontrados
170 quilos de cocaína.
Apreensões
Além da droga, foram apreendidos 1.115 conversores catalíticos, diversos dispositivos eletrônicos, diversos documentos e uma quantia não especificada em dinheiro durante as buscas nas
casas dos suspeitos.
A substância
entorpecente foi encaminhada à Secretaria de Saúde para análise e determinação
de pureza. Os demais itens apreendidos foram entregues à autoridade judiciária
competente, que está investigando e supervisionando a investigação.
A operação está em
andamento, portanto, novas prisões de outros membros do grupo organizado não
estão descartadas.
Valor da droga
Segundo fontes
próximas à investigação, o valor da droga no mercado negro pode ultrapassar
cinco milhões de euros (cerca de R$ 32,1
milhões).
O suposto líder da
organização, no entanto, permanece desaparecido, possivelmente em um país
sul-americano.
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