PAM PROMOVE DEMONSTRAÇÃO DE DRONES BOMBEIROS NO PORTO DE SANTOS

A demonstração do equipamento contou com o apoio da Brigada de Incêndio, da Guarda Portuária (GPort)

O Plano de Ajuda Mútua do Porto de Santos (PAM) promoveu, na última terça-feira (18), com o apoio da Brigada de Incêndio, da Guarda Portuária (GPort), uma demonstração de drones bombeiros no Porto de Santos, litoral de São Paulo.

A apresentação ocorreu no Parque Valongo, em Santos, acompanhada por técnicos da UAVI e por guardas portuários. Os equipamentos foram conectados junto às mangueiras da viatura da Brigada de Incêndio da GPort.

A demonstração do equipamento serviu como teste da tecnologia, que pode ser adotada por terminais portuários no futuro para reforçar a capacidade de atendimento a emergências do PAM, coordenado pela Autoridade Portuária de Santos (APS).

PAM

Segundo o coordenador geral Evandro Lourenço, o PAM, procura sempre trazer para o Porto de Santos, as novas tecnologias que são disponibilizadas no mercado, para que as empresas conheçam, e o sistema de combate de incêndio sempre esteja inovado, diminuindo o risco aos brigadistas, colaboradores e os integrantes do Corpo de Bombeiros.

Drone Bombeiro

O Drone Bombeiro, que pode ajudar brigadistas e bombeiros em áreas de difícil acesso, foi idealizado pela empresa UAVI, sigla em inglês para Indústria de Veículos Aéreos Não Tripulados, que fica localizada em São José dos Campos, no interior de São Paulo.

O drone tem a especialidade de atuar em auxílio a brigadistas e militares do Corpo de Bombeiros, podendo chegar em locais de difícil acesso, com a principal característica de garantir a segurança das equipes que atuam nas ocorrências de incêndio.

Cada drone pesa 70 kg e consegue erguer até 100 kg de mangueira para alcançar com segurança e precisão pontos de difícil acesso.

O equipamento já é utilizado por Corpo de Bombeiros no Amazonas, Mato Grosso e Paraná, e já tem negociações para utilizar em outros estados brasileiros.

AUVI

De acordo com o diretor da UVI, Victor Mascarenhas, o equipamento não coloca em risco o ser humano no combate à incêndio.

“Eu não digo que vai substituir o homem, não. Precisa de um homem, um operador para estar ali. Mas esse drone, além de não expor o risco humano, ele trabalha incansavelmente. Já tivemos ocorrência de três dias, então, trocou o turno, o plantão, mas o drone continua lá trabalhando 24 horas por dia”, falou Mascarenhas.

“Nós treinamos os bombeiros, capacitamos eles para o uso do equipamento. Eles são treinados e depois formam novos operadores”. Acrescentou Mascarenhas.

Aquisição

De acordo com Evandro Lourenço, a ideia é que o equipamento seja adquirido em parceria com os terminais portuários, seja de forma própria, através de um consórcio junto com o PAM, ou mesmo por meio de fundos de ação de emergência, através de emendas parlamentares, deixando disponível na Guarda Portuária, que é a primeira a chegar ao local das ocorrências na área portuária.

Centro de Gerenciamento de Resposta

Outra ideia defendida por Evandro Lourenço é a criação de um centro de gerenciamento de respostas no Porto de Santos, integrado com Defesa Civil; Corpo de Bombeiros, e a Prefeitura nessa relação porto-cidade.

“A gente vem defendendo a criação desse Centro de Emergência, considerando que era mais fácil juntar todos os terminais e poder adquirir esse equipamento”. Falou Lourenço.

Guarda Portuária

A corporação vê com bons olhos a capacitação para novas tecnologias que auxiliam nos serviços. “Para nós, estar participando desses treinamentos, conhecendo novas tecnologias, é excelente. Para que colocar o homem em risco em uma grande emergência, se hoje nós já temos tecnologia que pode estar fazendo esse serviço. Então eu enxergo esse equipamento excelente no combate à incêndio, disse Rogers Germano, coordenador da Brigada de Incêndio da Guarda Portuária.

“Nós temos silos de grandes, de 40, 50 metros de altura, que não precisaria o homem estar subindo escada, se cansando, podendo ter um acidente. A máquina faria esse papel com segurança, combatendo de longe pelo operador”, acrescentou Germano.

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