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quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

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PF DEFLAGRA OPERAÇÃO CONTRA MÁFIA DOS BALCÃS NO COMBATE AO TRÁFICO INTERNACIONAL DE DROGAS


Organização Criminosa, ligada à máfia montenegrina, enviava cocaína à Europa por meio de portos brasileiros

A Polícia Federal deflagrou, na manhã da última quarta-feira (26/11), a Operação Balcãs, com o objetivo de desarticular uma Organização Criminosa (ORCRIM), ligada à máfia montenegrina, responsável por todo o ciclo logístico de remessa de cocaína, desde a sua origem nos países andinos até seu destino na Europa, por meio de portos brasileiros.

A operação, realizada simultaneamente no Brasil, Paraguai e Holanda, cumpriu 14 mandados de busca e apreensão, três prisões preventivas e apreendeu 27 veículos e 43 imóveis no Brasil e no Paraguai, avaliados em cerca de R$ 300 milhões, de propriedade dos investigados e de empresas envolvidas nos crimes, além de determinado o bloqueio judicial de valores e ativos em instituições financeiras.

Em Mato Grosso do Sul, as equipes cumpriram mandados em Campo Grande, Dourados e Ponta Porã. Em Campo Grande, foi executada uma busca e apreensão. Em Dourados, além de cinco buscas, houve uma prisão preventiva. Em Ponta Porã, foram seis buscas em endereços ligados aos investigados.

No campo internacional, houve uma prisão no Paraguai e quatro difusões vermelhas da Interpol foram expedidas para localização de alvos no exterior.

As medidas reforçam o caráter transnacional da organização, que operava com capacidade logística para transportar cocaína desde países andinos até portos europeus onde detinha atuação consolidada.

Colaboração

A operação foi realizada pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal, com ajuda de forças policiais internacionais: a Europol (Polícia da União Europeia), a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD/PY) e a Polícia Nacional da Holanda (National Police/HOL).

No MPF, a investigação foi coordenada pelo Gaeco Nacional – um grupo especializado no combate ao crime organizado.

Modus Operandi

A ORCRIM, de origem montenegrina, controlava toda a logística do tráfico, desde sua produção da cocaína nos países andinos (como Colômbia, Peru e Bolívia) até a chegada na Europa.

A droga, produzida em países andinos, passava pelo Paraguai, onde havia uma célula do grupo. Entrava no Brasil pela fronteira, e era enviada à Europa pelos portos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul

Dois brasileiros ajudavam a trazer a droga do Paraguai para dentro do Brasil. Do lado europeu, um integrante de uma das principais máfias da região dos Balcãs era o grande comprador.

Operação Hinterland

As investigações, realizadas em conjunto com o GAECO Nacional/ MPF, representam a 3ª fase da Operação Hinterland, deflagrada em 2023, e teve apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Federal (MPF).

O foco foi a identificação dos compradores das drogas remetidas pela ORCRIM por intermédio de portos brasileiros, em especial decorrentes do aprofundamento dos fatos relacionados à apreensão de três toneladas de cocaína realizada na cidade de Pelotas, a maior da história do Rio Grande do Sul.

Comprador era Integrante da Máfia dos Balcãs

Nesta nova fase, foi identificado que o comprador da droga era um integrante de uma das máfias mais atuantes na região dos Balcãs, além de ter sido constatado que os investigados atuaram no envio de aproximadamente 12 toneladas de droga à Europa.

O traficante europeu mantinha contato direto com uma célula da quadrilha no Paraguai, responsável por toda a logística da rota: da compra da droga nos países andinos ao embarque para portos europeus.

Operação Balcãs

A PF explica que o termo se refere a grupos de crime organizado originários da região dos Balcãs, especialmente de Montenegro, conhecidos por atuar no tráfico internacional com forte capacidade logística e presença em vários países europeus.


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