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segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

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TRIPULANTE É AMARRADO EM INVASÃO 'PIRATA' A NAVIO DE BANDEIRA DINAMARQUESA NA BARRA DE SANTOS



Embarcação aguardava para acessar o Porto de Santos, e os criminosos conseguiram fugir. PF e Marinha foram acionadas. Mais de 400 kg de cocaína foram achados a bordo

Pelo menos um tripulante foi rendido e amarrado por homens armados que invadiram o navio 'Cap San Marco', de bandeira dinamarquesa, a quase 20 quilômetros do acesso ao Porto de Santos, no litoral de São Paulo. Os criminosos conseguiram fugir. Após varredura a bordo, foram encontrados 402 kg de cocaína, informou a Polícia Federal nesta segunda-feira (3).

A invasão ocorreu na barra de Santos, enquanto o navio aguardava autorização para acessar o cais, na madrugada de domingo (2). Em agosto deste ano, um cargueiro de bandeira italiana registrou ocorrência semelhante, quando homens com facões simularam um ataque e renderam tripulantes para também levar cocaína a bordo.
Desta vez, a ação foi aparentemente frustrada, pois as autoridades ainda não consideram que a droga encontrada posteriormente foi levada a bordo nessa invasão. Isso porque a movimentação da tripulação pode ter afugentado o bando, que utilizou de duas embarcações rápidas e de pequeno porte para se aproximar e escapar do navio.
Conforme relatos, cerca de cinco criminosos foram vistos a bordo com armas longas. Eles surpreenderam um marinheiro filipino, de 50 anos, que fazia o monitoramento noturno no convés (cobertura superior do navio) e o amarraram. O grupo permaneceu a bordo por, aproximadamente, 45 minutos, estimam as autoridades pelos depoimentos.
A suspeita é de que os invasores tenham se utilizado de uma corda para embarcar e desembarcar do navio, mas essa informação ainda é apurada. O homem que ficou amarrado foi auxiliado por outros colegas, e o comandante comunicou o fato via rádio. A Praticagem de São Paulo recebeu o pedido de ajuda e acionou a Polícia Federal.
O navio foi liberado para atracar em um terminal da Margem Esquerda, em Guarujá (SP), pela manhã. Equipes da Polícia Federal, da Receita Federal e da Marinha do Brasil foram a bordo com o objetivo de apurar detalhes da ocorrência e fazer uma varredura, para verificar se algo foi desembarcado ou embarcado do cargueiro.
As autoridades federais encontraram um contêiner, cujo lacre estava rompido, mas não localizaram nada ilícito inserido nele. Também não havia indícios de que algum material tenha sido levado, após checagem da carga a partir da declaração disponibilizada pelo exportador. A suspeita é de que a caixa metálica seria "contaminada".
As equipes consideram que o contêiner violado, previsto para ser desembarcado na Europa, seria aquele utilizado pela quadrilha para inserir um carregamento ilegal, provavelmente cocaína. A rapidez de como a invasão se desenrolou, e a não localização de ilícitos após varredura, os fizeram acreditar que a ação criminosa foi fracassada.
Contêiner com cocaína

Os 402 kg de cocaína localizados pelas autoridades no navio 'Cap San Marco' não foram içados durante a invasão, acreditam as autoridades. A droga estava em um contêiner que já era monitorado pela Receita Federal desde o Porto de Paranaguá (PR), onde ocorreu a última escala do navio e a caixa metálica foi embarcada.
O contêiner estava no porão da embarcação, e a posição dele a bordo, conforme apurado pelo G1, impedia que houvesse qualquer tipo violação. Foi necessário desembarcá-lo do navio para que ele fosse aberto no pátio do terminal. Os tabletes de cocaína achados estavam armazenados em nove bolsas pretas.
Se não tivesse sido interceptado pela equipe da Alfândega de Santos, o carregamento ilícito seguiria para a Europa, onde seria comercializado. A Polícia Federal informou que abriu inquérito para investigar as circunstâncias da invasão, identificar os envolvidos e os responsáveis pela cocaína, posteriormente localizada a bordo.
A Marinha do Brasil declarou que inspetores da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) estiveram no navio após atracação, e que não foi necessária a intervenção do Grupamento de Patrulha Naval Sul-Sudeste. Na ocasião da última ocorrência, militares foram mobilizados e escoltaram o navio de bandeira italiana até o cais santista.
Por nota, a Hamburg Süd, empresa proprietária do navio, confirmou a ocorrência envolvendo a embarcação na barra de Santos. A armadora disse que uma equipe da companhia foi a bordo, após atracação, para verificar as condições de toda a tripulação, apurar os fatos e auxiliar as autoridades no decorrer das investigações que foram abertas.
O 'Cap San Marco' é um porta-contêiner construído em 2012, e possui 333 metros de comprimento e 48 metros de largura (boca). Está entre as maiores embarcações a passar rotineiramente no Porto de Santos, onde opera, entre embarque e desembarque, quase 5 mil toneladas, segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). Após a escala, ele segue para o porto de Algeciras, na Espanha.
Navio italiano

A invasão ao navio 'Grande Francia', de bandeira italiana, ocorreu a 15 quilômetros do acesso ao Porto de Santos, em 12 de agosto. Os tripulantes flagraram o ataque, trancaram-se em um compartimento blindado, e o comandante pediu socorro via rádio. A bordo, foi localizada 1,3 tonelada de cocaína, parte dela içada naquele dia.
A equipe da Praticagem de São Paulo atendeu ao chamado de socorro do capitão e acionou o Núcleo Especial de Polícia Marítima da Polícia Federal (Nepom). Militares do então recém-ativado Grupamento de Patrulha Naval Sul-Sudeste, da Marinha, também foram mobilizados, mas não houve intervenção pela fuga do bando.
Dois contêineres foram deixados abertos e revirados, simulando ação de pirataria. Entretanto, após varredura, a cocaína foi encontrada escondida em outros dois contêineres. O caso ainda é investigado pelas autoridades federais, mas a polícia acredita que pelo menos parte da droga localizada foi içada naquela ocasião.
Durante a invasão, uma equipe de emergência do Governo da Itália foi mobilizada. Ao colocar os tripulantes em uma área segura, o comandante acionou um botão de pânico, que emitiu um alerta ao Estado da bandeira da embarcação, que confirmou o recebimento, e à central de monitoramento da dona do navio, a Grimaldi.
Fonte: G1 Santos


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