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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

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PORTO DE ITAGUAÍ TEM R$ 1 BILHÃO EM MERCADORIAS IRREGULARES APREENDIDAS PELA RECEITA FEDERAL DESDE 2018



Porto está na rota de navios vindos da China e em meio à decisão do presidente Jair Bolsonaro de mudar o comando da Receita local que aumentou a fiscalização contra contrabandistas.
Um porto pequeno, localizado na cidade de Itaguaí, a cerca de 73,5 km do Centro do Rio de Janeiro, vem despertando o interesse de contrabandistas que se escondem atrás de empresas de fachada.
O porto está na rota de navios que chegam da China - com acesso a estradas que levam às cidades do Rio e de São Paulo.
Numa tentativa de reprimir o contrabando, a Receita Federal criou uma espécie de Força-tarefa que desde 2018 apreendeu mais de R$ 1 bilhão em mercadorias.
O volume de contrabando apreendido superou o de portos maiores como Santos, em São Paulo, ou a Aduana de Foz do Iguaçu, no Paraná.

Este ano, o presidente da República, Jair Bolsonaro decidiu pela saída do responsável por coordenar essas ações no local: o auditor José Alex de Oliveira.
Em um grupo de aplicativo de mensagens, José Alex disse que foi informado por colegas de que havia uma indicação política para outra pessoa assumir a Alfândega de Itaguaí.

A tentativa de mudança no Porto de Itaguaí foi considerada pelos auditores fiscais, na época, como mais uma interferência do governo Bolsonaro nos órgãos de controle.
O Jornal Nacional apurou que servidores que passaram por lá são investigados pela Corregedoria da Receita Federal por enriquecimento patrimonial suspeito.
"Não há uma justificativa técnica para essa troca. Então, essa troca não pode sinalizar que aquela percepção que há de que órgãos de combate à corrupção e à lavagem de dinheiro estão sendo desmontados como Polícia Federal e Ministério Público. Essa percepção poderá ser confirmada se vier alguém para a Receita Federal não comprometida com a continuidade dos trabalhos de fiscalização e de combate à lavagem de dinheiro", disse Mauro Silva, do Unafisco.
Porto de Itaguaí
O Porto de Itaguaí é o décimo porto do Brasil em movimento, com média de 5 mil contêineres por mês. Cerca de 150 mil toneladas entram no Brasil por Itaguaí
Segundo auditores, o Porto de Itaguaí tem um histórico de falhas na fiscalização. A situação só ficou mais rígida a partir de 2017 quando a Receita Federal criou um grupo para monitorar cargas suspeitas.

No ano passado, o trabalho se intensificou com a chegada de José Alex.
Os auditores encontraram produtos com documentação irregular, fora dos padrões brasileiros e uma quantidade enorme de pirataria.
Os principais produtos contrabandeados são brinquedos, roupas, eletrônicos e até armas de choque.
Tentativa de burlar a fiscalização
Para fugir do reforço da fiscalização, contrabandistas internacionais passaram a explorar uma brecha na lei.
Os criminosos continuaram descarregando no Porto de Itaguaí, mas só passavam pela Alfândega em dois portos secos vizinhos: Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e Volta Redonda, no Sul do Estado do Rio de Janeiro.
Portos secos são postos avançados da Receita longe do mar.
Auditores ouvidos pela reportagem contaram que os contrabandistas voltaram a Itaguaí, mas desta vez, com um volume muito maior de produtos para tentar afogar a fiscalização.
Em um galpão, no Porto de Itaguaí, a prova de que empresas tentaram burlar a fiscalização: contêineres apreendidos que possuem em seu interior mercadorias ilegais.

É cerca de R$ 1 bilhão de mercadorias retidas. Segundo auditores, um recorde na história do Brasil.
Ação de milicianos e traficantes
Auditores contam que a região onde fica o Porto de Itaguaí é dominada pela milícia.
O Jornal Nacional apurou que o grupo de criminosos atua do lado de fora do porto vendendo proteção para quem faz o transporte de cargas.
Fontes disseram que a troca de comando do porto interessava a grupos que buscavam conter a repressão ou liberar as cargas já apreendidas.
A assessoria do Palácio do Planalto disse que não vai comentar o caso.
Fonte: G1


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