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quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

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EDUCADO, DISCRETO E EMPRESÁRIO: COMO ERA O DISFARCE DE UM DOS MAIORES TRAFICANTES DA AMÉRICA DO SUL


Preso desde março de 2023, Rodrigo Alvarenga Paredes é acusado de comandar um esquema internacional de envio de cocaína para a Europa

Educado, discreto e de fala mansa, Rodrigo Alvarenga Paredes se apresentava como empresário, fazendeiro e herdeiro. A aparência de "bom moço", segundo as autoridades, escondia um dos maiores traficantes de drogas da América do Sul.

Preso desde março de 2023, ele é acusado de comandar um esquema internacional de envio de cocaína para a Europa. Segundo a polícia, o grupo enviou ao menos 11 toneladas da droga para o continente entre 2020 e 2022. A carga está avaliada em cerca de R$ 2,8 bilhões.

Em depoimento à Justiça em maio deste ano, Alvarenga pediu desculpas pela emoção, agradeceu a oportunidade de falar e destacou a origem familiar. Disse ter nascido em uma "família abençoada" e afirmou que sempre manteve um padrão de vida confortável, mas sem ostentação.

Em audiência, negou ser líder e financiador de qualquer organização criminosa. "Nego categoricamente [...] Não sei, para mim é como se fosse um filme de terror isso", afirmou.

Para a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, porém, o perfil discreto fazia parte da estratégia. As investigações apontam que Alvarenga tinha capacidade de organização e controle de todas as etapas do tráfico, desde a negociação da cocaína em países produtores até a logística de envio para portos do Sul do Brasil e, depois, para a Europa, Ásia e África, além da lavagem do dinheiro.

Para a Procuradoria-Geral da República, tratava-se de uma organização transnacional com estrutura empresarial, que atuava de forma profissional em todas as fases da operação.

Homem com estampa de empresário é considerado pela polícia chefe de esquema internacional

Educado, discreto e de fala mansa, Rodrigo Alvarenga Paredes se apresentava como empresário, fazendeiro e herdeiro. A aparência de "bom moço", segundo as autoridades, escondia um dos maiores traficantes de drogas da América do Sul.

Preso desde março de 2023, ele é acusado de comandar um esquema internacional de envio de cocaína para a Europa. Segundo a polícia, o grupo enviou ao menos 11 toneladas da droga para o continente entre 2020 e 2022. A carga está avaliada em cerca de R$ 2,8 bilhões.

Em depoimento à Justiça em maio deste ano, Alvarenga pediu desculpas pela emoção, agradeceu a oportunidade de falar e destacou a origem familiar. Disse ter nascido em uma "família abençoada" e afirmou que sempre manteve um padrão de vida confortável, mas sem ostentação.

Em audiência, negou ser líder e financiador de qualquer organização criminosa. "Nego categoricamente [...] Não sei, para mim é como se fosse um filme de terror isso", afirmou.

Para a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, porém, o perfil discreto fazia parte da estratégia. As investigações apontam que Alvarenga tinha capacidade de organização e controle de todas as etapas do tráfico, desde a negociação da cocaína em países produtores até a logística de envio para portos do Sul do Brasil e, depois, para a Europa, Ásia e África, além da lavagem do dinheiro.

Para a Procuradoria-Geral da República, tratava-se de uma organização transnacional com estrutura empresarial, que atuava de forma profissional em todas as fases da operação.

A investigação indica que a cocaína era produzida na Bolívia, transportada por carro ou avião pelo Paraguai e introduzida no Brasil pela região Sul. A droga seguia então para portos brasileiros, de onde era enviada ao exterior escondida em cargas legais.

Após a prisão de Alvarenga, em março de 2023, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal intensificaram as operações para localizar comparsas e compradores da droga na Europa. A ação mais recente ocorreu no fim do mês passado, com operações simultâneas no Brasil, no Paraguai e na Holanda.

Um dos episódios que chamou a atenção dos investigadores envolve uma carga de 1,7 tonelada de cocaína enviada para Hamburgo, na Alemanha.

Mensagens interceptadas mostram o albanês Armando Pacani, apontado como um dos principais compradores, avisando sobre o sumiço do contêiner. Parte da droga foi recuperada pelos traficantes, e o restante apreendido pela polícia alemã.

As investigações também levaram ao porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, apontado como a principal base logística do grupo.

Segundo as autoridades, a organização tinha acesso a áreas restritas do porto com a ajuda de empresários locais. Um deles, César de Oliveira Júnior, é apontado como responsável por organizar exportações usadas para esconder a droga em meio a cargas legais.

César nega envolvimento com o tráfico. Seus advogados afirmam que ele nunca participou de práticas ilícitas e que mantém reputação íntegra ao longo de 30 anos de carreira. Já Pacani está em Dubai, e o Brasil pediu a extradição dele. A defesa diz que ele é um cidadão comum, sem antecedentes criminais e sem patrimônio bloqueado.

A defesa de Alvarenga também contesta as acusações. Os advogados afirmam que não há provas suficientes para sustentar uma condenação criminal e que o acusado não participou dos atos descritos na denúncia. Desde o início das operações, a polícia já prendeu 21 pessoas e bloqueou bens avaliados em quase R$ 500 milhões.

Fonte: Redação g1,Fantástico



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