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quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

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OPERAÇÃO SOLIS REPRIME TRÁFICO DE DROGAS EM SP E NO ESPÍRITO SANTO

 

Ação conjunta envolveu Gaeco, PM, PRF e PF

Na terça-feira da semana passada (7/12), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) dos estados de São Paulo e Espírito Santo, com apoio das Polícias Militares capixaba e paulista, da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), deflagraram a “Operação Solis” com o objetivo de aprofundar investigações sobre organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Os alvos são suspeitos de integrar o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que atua dentro e fora dos presídios, e de estabelecer intrincada rede de distribuição de drogas entre os estados de São Paulo e do Espírito Santo.

Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Vila Velha e em Guarapari com sete pessoas presas. A operação também cumpriu mandados de busca e apreensão nos municípios de Araraquara e Guarujá, em São Paulo.

  Foto: Divulgação Gaeco

Em um depósito, na região de Interlagos, em Vila Velha, utilizado pelos investigados como entreposto do tráfico, foi apreendida meia tonelada de pasta-base de cocaína, causando prejuízo aos criminosos estimado em R$ 130 milhões.

No local foram presos em flagrante João Vitor dos Santos, Leonardo de Pádua Barbosa Pulis e Bruno da Silva Alves, com 507,5 kg de cocaína, além de grande quantidade de material utilizado para embalar a droga e presos em flagrante.

   Presos foram encaminhados à sede da Polícia Federal no ES — Foto: Diony Silva/TV Gazeta

Também foram presos temporariamente Amir Jose Leite Ferreira, Paulo Afonso Pereira Alves, Marcos Vinícius Marcelino Teixeira Silva e Caio Felippe Ferreira Silva. Ainda foi feita a apreensão de dois veículos e uma moto, usados no tráfico.

Outra etapa

Na quarta-feira (08/12), ocorreu mais uma etapa operação. Pela manhã, foram apreendidos mais 380 kg de cocaína em uma embarcação nas proximidades da Praia do Ribeiro em Vila Velha.

   Foto: Divulgação/PF

A embarcação que levava as drogas foi interceptado por uma lancha da PF, mas os ocupantes conseguiram sair do barco e fugir de carro.

A apreensão contou com o apoio do helicóptero do Notaer, que fez buscas pelos homens que estavam no barco após eles fugirem na direção do Morro do Moreno.

As drogas e o barco foram encaminhados para a Superintendência da PF e nenhum suspeito foi preso.

Tráfico Internacional

De acordo com policiais que participaram da apreensão, existe a suspeita de que a droga apreendida seria enviada para Europa. Primeiro ela seria embalada e depois levada em pequenos barcos até navios que já estão em alto mar.

   Foto: Divulgação Gaeco

Toda a droga e os presos foram levados para a sede da Superintendência da PF no ES, em Vila Velha.

Operação Solis

A Operação Solis, tem objetivo desmantelar uma organização criminosa especializada na lavagem de dinheiro proveniente dos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas e casas de prostituição.

Em maio deste ano, cerca de 90 policiais federais cumpriram nove mandados de prisão preventiva e 17 mandados de busca e apreensão, em três estados: Paraná (Boa Vista da Aparecida, Cascavel, Colombo, Curitiba, Matinhos e Piraquara); Santa Catarina (Blumenau, Florianópolis e Massaranduba) e Rio Grande do Sul (Getúlio Vargas).

Na ocasião oito suspeitos foram presos. Segundo a PF, durante a operação foram apreendidos vários veículos de alto valor de mercado, dentre eles um Jaguar. Três armas, uma calibre 12, 9mm e um rifle calibre 22, também foram localizadas. R$ 5 mil em espécie, celulares, documentos de imóveis e um jet ski.

         O líder da organização ostentava carros de luxo, jets ski e casas de praia – Foto: Polícia Federal

Além disso, foi pedido à Justiça o sequestro de vários bens e imóveis, pois as casas de prostituição foram compradas pela quadrilha com o dinheiro do crime.

Para efetuar a lavagem de dinheiro, os criminosos utilizavam empresas, uma delas fictícia, com o objetivo de dar aparência de legalidade aos negócios e à ostentação de bens e valores, frutos dos crimes praticados.

       Os suspeitos usavam casas de prostituição para a lavagem de dinheiro — Foto: Divulgação/PF

Uma das formas utilizadas na lavagem de dinheiro é o recebimento de valores nas casas de prostituição, mediante uso de máquinas de cartão de crédito vinculadas a empresas do ramo de cosméticos e energia solar. Durante o período investigado, o líder da organização criminosa movimentou mais de R$ 1,6 milhão no sistema bancário, ostentando, assim, carros de luxo, jets ski, casas na praia, entre outros.

Nome da Operação

A operação foi batizada de “Solis” em alusão ao Sol, que é a estrela central do Sistema Solar, pois é dessa forma que se comporta o principal investigado desse procedimento, buscando todos os holofotes, ostentando veículo de alto padrão para ser o centro das atenções na pequena Cidade de Boa Vista da Aparecida/PR. Além disso, o crime de lavagem de dinheiro é realizado valendo-se da empresa do ramo de energia solar.


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