Ação foi contra suspeitos de envolvimento na exportação de
2,1 toneladas de cocaína entre 2023 e 2024, por meio do Porto de Santos
A Polícia Federal (PF)
deflagrou, na manhã da última quinta-feira (30/10), a segunda fase da Operação
Papyrus, contra suspeitos de envolvimento na exportação de 2,1 toneladas de
cocaína entre 2023 e 2024, por meio do Porto de Santos, no litoral de São
Paulo.
A operação teve como
objetivo o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão nos municípios de
Santos, São Vicente, Guarujá, Cubatão (SP), Poços de Caldas e Monte Sião (MG),
sendo 12 deles na Baixada Santista. Ninguém foi preso, mas foram apreendidos
celulares, US$ 4 mil e mais de R$ 2 mil.
A ação empregou 83
policiais federais, responsáveis pelo cumprimento das medidas judiciais.
BAEP-PM
No município do
Guarujá, a Polícia Federal contou com o apoio da Polícia Militar, por meio do 2º
Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP), que atuou prestando suporte
especializado, com ações de segurança do perímetro e apoio direto às equipes durante
o cumprimento dos mandados, contribuindo para o êxito da Operação.
Investigação
A investigação,iniciada em junho de 2024 após a apreensão de 270 kg escondidos em um carregamento de papel sulfite no Porto de Santos, apura a atuação de uma
organização criminosa (ORCRIM) envolvida no tráfico internacional de drogas e
na lavagem de dinheiro.
Os indícios apontam
que o grupo atuou entre 2023 e 2024, sendo responsável por remessas de cocaína
enviadas ao exterior. Autoridades no Brasil e no exterior apreenderam
aproximadamente 2,1 toneladas da droga atribuídas à organização.
A maior parte das
apreensões ocorreu em cargas de papel exportadas em contêineres destinados à
Europa, o que deu origem ao nome da operação. Somente em uma das ações
conjuntas entre a Polícia Federal e a National Crime Agency do Reino Unido,
foram interceptados 533 quilos de cocaína no Porto de Londres. Também houve
apreensões no Porto de Santos, em Israel e na França.
1ª Fase da operação
A ação é um
desdobramento da Operação Papyrus, deflagrada em outubro de 2024, que prendeu
quatro funcionários de empresas de logística portuária no litoral de São Paulo,
com idades entre 26 e 42 anos. Três deles já tinham mandados de prisão
expedidos, enquanto o quarto foi detido em flagrante por lavagem de dinheiro.
Na primeira fase da
operação, a PF apreendeu uma quantia significativa em dinheiro com os
investigados e obteve, por decisão da Justiça Federal, o bloqueio de R$ 5
milhões em bens. De acordo com Perin, os investigados ocultavam o dinheiro
ilícito adquirindo imóveis, veículos e outros itens. As provas obtidas
permitiram a identificação de novos envolvidos, que são alvo desta segunda
fase.
"Tinha
envolvimento de próprios funcionários, dos próprios caminhoneiros, que foram
hoje identificados e dado o cumprimento dos mandatos em cima dessas
pessoas", disse o delegado Rodrigo Perin, chefe da PF de Santos.
Modus operandi
Segundo a PF, o
grupo utilizava um esquema logístico para inserir a droga nas cargas destinadas
à exportação. O modus operandi envolvia a retirada indevida dos cofres de carga
no pátio de uma transportadora em Cubatão para depois transportar a um terminal
retroportuário em Guarujá.
No local, as portas
dos contêineres eram abertas e a cocaína era inserida entre os fardos de papel.
Após o carregamento, os contêineres eram lacrados novamente e seguiam para o
embarque internacional.
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