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quinta-feira, 1 de abril de 2021

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EMPRESÁRIO BRASILEIRO PRESO EM MADRI É CONDENADO A 12 ANOS POR TRÁFICO INTERNACIONAL

 

Eduardo Cardoso, dono de empresa de comércio exterior que atuava no Porto de Santos, ostentava vida de luxo nas redes sociais

A Justiça Federal em Santos, no litoral de São Paulo, condenou o empresário Eduardo Oliveira Cardoso, de 45 anos, a 12 anos de prisão pelo crime de tráfico internacional de drogas. Detido em 22 de outubro de 2019, ele é apontado como um dos responsáveis por enviar ao menos 6 toneladas de cocaína à Europa, por carregamentos embarcados no Porto de Santos e outros complexos brasileiros.

De acordo com a decisão do juiz federal Roberto Lemos dos Santos Filho, da 5ª Vara Federal de Santos, o empresário foi sentenciado a 12 anos, oito meses e 13 dias de reclusão em regime inicial fechado, além de pagamento de multa, sem possibilidade de apelar em liberdade. A decisão foi protocolada na última segunda-feira (29).

Conforme consta na condenação, Cardoso já tinha antecedentes criminais. Ele está preso em Madri, na Espanha, país em que foi localizado em uma feira de alimentos, após ter a prisão preventiva decretada.

A empresa dele, a BRK Internacional, tinha um estande no evento. A Justiça Federal havia decretado a prisão preventiva dele. O nome de Oliveira foi incluído na difusão vermelha da Interpol, a Polícia Internacional. Apesar de ter sido acusado por sete crimes de tráfico internacional, Oliveira foi denunciado apenas em um caso pelo Ministério Público Federal.

Stand da empresa na feira em Madri, onde ele foi preso — Foto: Divulgação/Polícia Federal

Ele chegou a ter extradição marcada para ocorrer em dezembro de 2020, e teria como destino a Penitenciária Dr. Geraldo de Andrade Vieira, em São Vicente. No entanto, um Certificado de Suspensão de Entrega, emitido pela Interpol, anunciou a suspensão da operação no dia anterior à data marcada para a extradição.

O advogado de defesa do empresário, Eugenio Malavasi, afirma que está "inconformado com a condenação", e que apresentará recurso de apelação ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, visando a reforma total da sentença de primeiro grau.

O caso                                                   

Cardoso é apontado como integrante de quadrilha desarticulada em agosto de 2019, durante a Operação Alba Vírus, que apreendeu mais de R$ 28 milhões em espécie, dez carros de luxo, 26 caminhões e R$ 23 milhões em imóveis de alto padrão. Doze pessoas foram presas na operação. Além do empresário, outras dez pessoas já foram condenadas por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico em processo da Alba Vírus.

Eduardo Cardoso se identifica como CEO da Broker, empresa de comércio exterior fundada em 2002 e que tem sede administrativa em um edifício em área nobre de Santos.

A maneira como a cocaína foi escondida chamou a atenção da Polícia Federal para um carregamento de mais de 1,4 tonelada de cocaína encontrada em julho de 2019, no Porto de Santos, da mesma maneira: escondida em meio a uma carga de frango em contêineres frigoríficos. A empresa de Eduardo também estava envolvida no despacho desta carga.

Em fevereiro de 2020, agentes federais apreenderam 1,3 tonelada de cocaína em duas casas no Guarujá. Também foram apreendidos um fuzil, cinco pistolas e 21 aparelhos de telefone celular, além de arquivos contendo imagens de drogas escondidas em vários tipos de carga. Segundo a Polícia Federal, a cocaína e o armamento eram de Oliveira.

Os telefones celulares foram periciados. Os vídeos analisados mostravam aos compradores da droga onde a cocaína estava escondida, comprovando assim a remessa para o destinatário final.

Nas imagens divulgadas pela Polícia Federal, encontradas em celulares apreendidos, ele aparece conferindo a ocultação de tabletes de cocaína na carga de congelados.

A gravação ocorreu no fim de 2018, em um galpão da empresa, localizado na Grande São Paulo, e o carregamento foi despachado por Paranaguá (PR). O vídeo, segundo a delegada federal Fabiana Lopes Salgado, responsável pelas investigações, servia como um comprovante do serviço de venda e transporte da droga aos recebedores na Europa.

Vida de luxo nas redes sociais

Nas redes sociais, o empresário postava publicações que mostravam a vida de alto padrão que mantinha, e sobre os bastidores do trabalho. Inclusive, compartilhou fotos do mesmo galpão onde foi filmado na ocasião da ocultação da droga. Em uma das postagens, o investigado chegou a destacar, ainda, ações beneficentes, como doações feitas a entidades.

Cardoso morava em São Paulo, e os endereços dele foram alvos de mandados de busca e apreensão, autorizados pela 5ª Vara Federal de Santos, no âmbito da operação.

Fonte: G1 Santos e Região / UOL

 

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